'O Globo' bate recorde: três barrigaças em cinco dias
A vontade de desinformar, de criar uma crise e trazê-la até aqui para desgastar o governo é tanta, que o jornalão dos Marinho (O Globo) está se preparando para o Natal cultivando uma barriga atrás da outra. Quer ser o Papai Noel mais barrigudo
Publicado 06/12/2008 14:11
A primeira barrigaça veio com a notícia de que a Caixa teria deixado de praticar procedimentos padrões no empréstimo que fez à Petrobrás. Nota da Caixa reduz a matéria a pó:
O Globo prestou um desserviço aos seus leitores e deu uma informação errada na manchete de sua edição de hoje, 29-11-2008: “Caixa não consultou auditores no socorro junto à Petrobrás”.
Em seguida, O Globo partiu para cima da Petrobrás. Seguindo cartilha tucana dos governos de Minas e São Paulo, o jornal disse que a empresa não cumpre uma resolução Conama em relação ao teor de enxofre no óleo diesel. Em nota, a Petrobras afirma que as acusações se baseiam em “uma resolução Conama que não existe” e mostra quem está por trás do jornalão nas acusações à empresa:
O grupo de pessoas que atua de forma deliberada e difamatória contra a Petrobras é composto por integrantes das Secretarias de Meio Ambiente dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Cidade de São Paulo, e de algumas organizações não-governamentais que se intitulam representantes da sociedade civil de São Paulo.
A terceira barriga veio com a manchete do domingo: “Vizinhos ameaçam o Brasil com calote de US$ 5 bilhões”. A reportagem afirmava que o governo brasileiro estaria ajudando o Equador e incentivando outros países da América do Sul a darem um “calote” no país. Nota do movimento em favor da auditoria da dívida pública desmonta a “reportagem”:
A matéria construiu um cenário para tentar vender a idéia de que o governo do Equador realizou a auditoria de sua dívida pública com o objetivo de “dar o calote” no Brasil. Ataca o próprio governo brasileiro ao afirmar que este teria contribuído para o “calote” ao investir nesse processo uma funcionária da Receita Federal. Essa é uma acusação leviana, descabida e sem fundamento.
A cessão de servidores públicos para outros países é um procedimento legal, de praxe no âmbito das relações de cooperação internacional. A auditoria é um instrumento fiscal que legitima a contabilidade de todo agente econômico, inclusive do Estado, que visa a garantir a transparência das negociações, e que não tem qualquer intenção prévia, como pretende vender a matéria. Dizer que “O governo brasileiro emprestou mão-de-obra, pagou o custo e, assim, ajudou o Equador a preparar o calote em uma dívida com o BNDES, avalizada pelo Tesouro Nacional”, caracteriza grave distorção dos fatos.
No caso brasileiro, a auditoria da dívida externa está prevista na Constituição Federal de 1988 (art. 26 do ADCT, até hoje não cumprido) como uma ferramenta essencial para fiscalizar a correção das contas e das operações relacionadas ao processo de endividamento público, sendo portanto, completamente distorcida a declaração de que o objetivo de uma auditoria seria “preparar o calote de uma dívida”. Quando o resultado da auditoria confirma a legitimidade do processo, ratifica a divida. Quando, entretanto, aponta alguma infração ou ilegalidade, a atitude responsável é justamente a busca de uma solução legal, nos devidos espaços jurídicos e políticos nacionais e internacionais.
O principio constitucional leva em conta que uma auditoria traz transparência e justiça. Por outro lado, podemos concluir que a falta ou a negação desta auditoria é que deva ser tida como situação esdrúxula e se constitui indefensável do ponto de vista legal e moral, adversa ao interesse público.
A partir daí, a nota segue mostrando os inúmeros erros de informação publicados.
É o caso de se afirmar: Quem lê jornal sabe mal.