PCdoB-RJ aprova balanço eleitoral e aponta perspectivas

A fala de abertura da reunião ficou a cargo de Renato Rabelo, que fez um rico relato sobre os movimentos das forças políticas que se posicionam visando as eleições presidenciais de 2010. Para ele, os setores conservadores capitaneados pelo PSDB e pelo DEM, contando com o apoio entusiástico da mídia, tentam garantir a retomada do poder central. Já o presidente Lula, com altos índices de aprovação popular, tem pela frente o desafio de enfrentar a crise econômica mundial, que terá reflexos sérios no Brasil.

Esses reflexos se manifestam, na opinião do dirigente comunista, na escassez do crédito, com a conseqüente queda no investimento; na fuga de capitais e na desvalorização do real, o que aumenta a vulnerabilidade externa, pois cresce o déficit em conta corrente. Por outro lado, Rabelo vê na diversidade da pauta de importações e na existência de uma forte rede de bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste) importantes anteparos contra a crise.

Renato Rabelo advertiu para a necessidade de o PCdoB ficar atento aos desdobramentos da crise e chamou atenção para a importância da mobilização popular que garanta soluções que favoreçam os trabalhadores. Nesse aspecto, Rabelo ressaltou o papel da CTB e das demais centrais sindicais que estão unidas em torno de bandeiras importantes, dentre elas a redução da jornada de trabalho que, para o presidente nacional, deve ser hoje a principal bandeira do movimento sindical.

Como parte integrante do campo do governo Lula, o PCdoB, junto com o Bloco de Esquerda, vai reforçar em todo o Brasil a luta para impedir a volta dos neoliberais ao governo central. Rabelo abordou também a meta do partido de aumentar para no mínimo 30 deputados sua representação na Câmara Federal, sendo este o principal objetivo eleitoral dos comunistas em 2010.

Logo após a fala de Renato Rabelo, Ana Rocha, presidente do PCdoB-RJ, apresentou o balanço do resultado eleitoral no estado. Antes, Ana lembrou que a reunião da direção estadual se realizava no mesmo dia que marcava os 40 anos do Ato Institucional Número 5, que iniciou a fase mais truculenta do regime ditatorial. “Estarmos aqui reunidos para fazer o balanço da participação dos comunistas no pleito eleitoral, justo nesta data, tem um significado especial”, disse Ana.

O dirigente Carlos Henrique Tibiriçá, o Caíque, ao fazer sua intervenção também lembrou a data, recordando que no dia da promulgação do AI-5 ele pediu filiação ao então clandestino PCdoB, completando no dia da reunião 40 anos de militância partidária, no que foi saudado pelo plenário com uma salva de palmas.

Apresentando o balanço, Ana Rocha ressaltou a grande vitória do campo do governo Lula no estado. Diferente de outros estados em que houve equilíbrio, no Rio os partidos da base do governo Lula tiveram 78% dos votos válidos e 85% dos prefeitos eleitos, incluindo a capital. O PMDB foi o destaque com 32 prefeitos eleitos, em um universo de 92 municípios. A esquerda também avançou, tendo passado de 14 para 18 prefeitos eleitos e obtido uma votação quase 50% maior que a oposição conservadora de direita (2.387.842 a 1.600.030). O PT ampliou significativamente a votação para prefeito e aumentou o número de prefeitos eleitos de 08 para 10. Para vereador praticamente manteve a mesma votação, mas aumentou bastante o número de vereadores eleitos passando de 46 para 63.

Apesar disso, Ana salienta que a oposição conservadora se revigorou, pois o desempenho de Fernando Gabeira na capital fez com que o PSDB e o DEM tenham enfim encontrado um nome que pode ser importante apoio para a eleição de 2010. O DEM foi o grande derrotado, tendo diminuído muito a votação tanto para prefeito quanto para vereador. Já o PSDB praticamente dobrou a votação para prefeito e triplicou o número de prefeitos eleitos. Para vereador aumentou a votação, embora tenha diminuído o número de vereadores eleitos.

Edmilson no secretariado
Quanto aos objetivos específicos dos comunistas, Ana Rocha aponta que o PCdoB foi derrotado no seu principal projeto, a candidatura de Jandira à prefeitura da capital, ao não passar para o segundo turno e ter ficado em quarto lugar no resultado final. Mesmo assim, Jandira se sobressaiu como a maior expressão de esquerda na capital, atingindo o patamar de 10% dos votos válidos. 

Ana Rocha ressaltou ainda que apesar de o PCdoB ter aumentado em 50% sua votação para prefeito e vereador, permaneceu no mesmo patamar de 2004, com 10 vereadores eleitos o que revela a necessidade de transformar a crescente influência política do partido em expressão eleitoral. A presidente estadual encerrou sua intervenção falando sobre as perspectivas do partido no estado, tendo como principal desafio as eleições de 2010.

O balanço aponta para a necessidade de se começar imediatamente o planejamento da participação do partido nas próximas eleições, sendo que em fevereiro de 2009 o PCdoB já deve estar com as metas eleitorais definidas e as nominatas de deputado federal e estadual prontas. Com o sentido de reforçar este trabalho, o Comitê Estadual decidiu incorporar o vice-presidente estadual, deputado federal Edmilson Valentim, ao Secretariado Estadual.

Balanço
O Vermelho reproduz a seguir a íntegra do balanço elaborado pelo PCdoB-RJ

Quadro de forças

1. Diferentemente do quadro nacional o qual em termos de votação e quantidade de prefeitos eleito indica certo equilíbrio de forças entre o campo da esquerda e a oposição conservadora de direita, no Rio de Janeiro isto não ocorreu, tendo o campo da esquerda elegido um número maior de prefeitos (18 a 14) e obtido uma votação quase 50% maior que a oposição conservadora de direita (2.387.842 a 1.600.030 ). Se acrescentarmos a votação (2.463.944) e a quantidade de prefeitos eleitos (32) pelo PMDB – mais uma vez fiel da balança – e os demais partidos de centro, fica evidente o desempenho positivo da base do Governo Lula nestas eleições no Estado do Rio de Janeiro, com 78% dos votos válidos e 85% do número de prefeitos eleitos, incluindo a capital. A vitória de Eduardo Paes na capital foi importante para o fortalecimento do campo de Lula no Estado do Rio de Janeiro.

 

2. As eleições municipais no Rio de Janeiro renovaram os mandatos de 92 prefeitos – dos quais 29 foram reeleitos – e 1007 vereadores, envolvendo 27 partidos. As eleições majoritárias atingiram o total de 8.333.085 votos válidos e as eleições proporcionais um total de 8.431.873 votos válidos, dentre 11.259.334 eleitores aptos para votarem.

 

3. Os partidos da base de sustentação do governo Lula no Estado (PT, PMDB, PRB, PCdoB, PDT, PSB, PP, PR, PSC, PTdoB, PTB, PHS, PMN, PTC, PAN) elegeram 78 prefeitos com uma votação de 6.535.824 votos e elegeram 725 vereadores com uma votação total de 5.533.754 votos. O PMDB elegeu 32 prefeitos com um total de 2.463.944 votos e elegeu 180 vereadores com um total de 1.003.592 votos. O campo da esquerda (PT, PDT, PSB, PCdoB) elegeu 18 prefeitos com um total de 2.387.842 votos e elegeu 196 vereadores com um total de 1.829.402 votos. A oposição conservadora de direita (PSDB, DEM, PPS, PV) elegeu 14 prefeitos alcançando 1.600.030 votos e elegeu 224 vereadores com um total de 2.163.705 votos.

 

O PMDB

4. Em relação a 2004, o PMDB segue sendo o partido mais forte e cresceu sua votação para prefeito, mas diminuiu o número de prefeitos eleitos de 42 para 32. Para vereador teve uma pequena diminuição na votação e na quantidade de vereadores eleitos. Destaque para o PP – um dos principais aliados do PMDB – que aumentou sua votação para prefeito e, significativamente, o número de prefeitos eleitos, passando de 09 para 15.

 

5. As derrotas do PMDB em importantes municípios como Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, São Gonçalo e Niterói demonstraram certo desgaste do governo e do governador Sérgio Cabral. O governador sofreu revezes mas sai fortalecido das eleições com a vitória alcançada na capital, quadro que se refletirá no alcance de seu projeto político em 2010.

 

O campo da esquerda

6. O PT ampliou significativamente a votação para prefeito e aumentou o número de prefeitos eleitos de 08 para 10. Para vereador praticamente manteve a mesma votação, mas aumentou bastante o número de vereadores eleitos passando de 46 para 63. O destaque do PT é seu crescimento na Região Metropolitana com as vitórias em Belford Roxo, Petrópolis e Maricá e nas reeleições em Mesquita e Nova Iguaçu. Apesar da sua baixa votação na capital, o PT sai da eleição fortalecido e com o nome de Lindberg que tenta reunir condições de disputar a eleição para governador.

 

7. O PDT cresceu significativamente a votação para prefeito e aumentou o número de prefeitos eleitos, passando de 04 para 05. Para vereador cresceu tanto a votação quanto a quantidade de vereadores eleitos tendo passado de 71 para 76. O destaque é o seu avanço no Grande Rio com a vitória em Niterói e a reeleição em São Gonçalo. O PDT sai da eleição fortalecido.

 

8. O PSB diminuiu pela metade a sua votação para prefeito, caindo de 243.508 votos para 122.465 votos, embora tenha elegido a mesma quantidade de prefeitos, 03. Para vereador aumentou tanto a votação quanto o número de vereadores eleitos passando de 42 para 47. O destaque é a perda dos 03 municípios importantes que governava: Petrópolis, Nova Friburgo e Campos. O PSB sai da eleição enfraquecido.

 

9. O PCdoB aumentou sua votação para prefeito, embora permaneça sem eleger prefeito. Para vereador aumentou a votação, embora tenha mantido o mesmo número de 10 vereadores. O PCdoB permaneceu no mesmo patamar eleitoral.

 

10. O campo da esquerda continua fragmentado, dividido, sem um projeto político próprio e com dificuldades para oferecer uma alternativa real de poder. Lindberg tenta se movimentar buscando aglutinar forças em torno do seu nome visando disputar o governo em 2010.

 

A oposição conservadora de direita

11. O PSDB praticamente dobrou a votação para prefeito e triplicou o número de prefeitos eleitos. Para vereador aumentou a votação, embora tenha diminuído o número de vereadores eleitos.  O PSDB sai da eleição fortalecido. O destaque é a vitória em Duque de Caxias que provavelmente proporcionará um forte palanque para a oposição conservadora em 2010 e a decisiva participação na articulação política que construiu o nome de Gabeira na disputa majoritária da Capital.

 

12. O DEM diminuiu bastante a votação para prefeito – caindo de 2.176.365 para 199.274 votos – e o número de prefeitos eleitos passando de 07 para 05. Para vereador também diminuiu significativamente tanto a votação quanto o número de vereadores eleitos, passando de 81 para 53. O destaque foi a acachapante derrota na prefeitura do Rio. O DEM e seu líder César Maia foram os maiores derrotados nestas eleições.

 

13. O PPS diminuiu expressivamente sua votação para prefeito e perdeu o único prefeito que tinha. Para vereador aumentou a votação e o número de vereadores eleitos passando de 49 para 62. O PPS permanece no mesmo patamar.

 

14. O PV cresceu expressivamente a sua votação para prefeito devido exclusivamente ao bom desempenho na capital. Passou de 124.814 para 894.598 votos. Não elegeu nenhum prefeito, perdendo todas as 04 prefeituras que tinha. Aumentou a votação para vereador e o número de vereadores eleitos passando de 40 para 43. O destaque é o fortalecimento do nome do Gabeira para as eleições de 2010.

 

15. Mesmo com as derrotas do DEM e de César Maia o campo da oposição conservadora de direita, ao construir a alternativa Gabeira e fortalecer o palanque de José Serra, sai revigorado para a disputa de 2010.

 

O resultado do PCdoB

16. Mostrou-se acertada a aplicação no estado da tática nacional de lançamento de candidaturas majoritárias. Mesmo o PCdoB/RJ não tendo logrado êxito no seu principal projeto no estado – a disputa na capital, ao não atingir o 2º turno e ficar em 4º lugar no 1º turno, Jandira se sobressaiu como a maior expressão de esquerda na capital, atingindo o patamar de 10% dos votos válidos e o partido aumentou sua influência. Estadualmente, embora tendo crescido nas votações para prefeito e para vereador, o partido manteve seu patamar eleitoral de 2004, sem eleger prefeito nem vice-prefeito (elegeu 01 vice-prefeito em 2004), com o mesmo nº de 10 vereadores eleitos e mantendo apenas 01 vereador eleito na capital.

 

17. Além da capital, o PCdoB/RJ participou de forma limitada das disputas majoritárias, tendo lançado 03 candidatos a prefeito (a) e 06 a vice-prefeito, o mesmo patamar de 2004, quando lançamos 04 a prefeito e 04 a vice-prefeito (a). Em 2 municípios (Campos e Barra Mansa), nossos (as) candidatos (as) alcançaram o patamar de 10% dos votos válidos, projetando lideranças em municípios importantes e registrando um desempenho superior ao verificado em 2004. A candidatura majoritária em Belford Roxo não decolou. Estadualmente aumentamos em 51,06% nossa votação em relação a 2004 (votos válidos), passando de 9º para 7º partido em votação para prefeito.

 

18. Em 06 municípios, tivemos candidaturas a vice-prefeito que não alcançaram sucesso eleitoral. Participamos em aliança de projetos majoritários vitoriosos em 39 municípios (foram 32 em 2004). Esse resultado faz prever o fortalecimento da nossa participação em executivos municipais. Já estão confirmadas participações no Rio de Janeiro, em Queimados, em Maricá, em Angra dos Reis e em Resende, estando em construção as participações nos municípios de Nova Iguaçu, Volta Redonda, Mesquita, Itaperuna, Miguel Pereira, Pati do Alferes e Rio Claro. Além desses, estão em construção participações junto a prefeitos de partidos de esquerda como nos municípios de Belford Roxo (PT) e Carmo (PSB).

 

19. Nossa política de alianças nos principais municípios foi desenvolvida tendo a disputa na capital como prioridade estadual. Esse correto posicionamento da direção estadual interferiu nos rumos dos projetos municipais de Niterói, São Gonçalo e Queimados e motivou a intervenção da direção estadual em São João de Meriti.

 

20. Nas eleições para as Câmaras Municipais, participamos em 74 municípios (foram 72 em 2004), com maior nº de candidaturas (478 contra 342 em 2004), maior participação de mulheres candidatas e aumento na votação nominal e de legenda. Crescemos em 45,50% a votação em relação a 2004, passando de 16º para 15º partido em votação para vereador. Destaque-se o lançamento de chapas numerosas em vários municípios, mesmo quando em coligação, potencializando a projeção de novas lideranças.

 

21. No Sul do estado, conseguimos eleger 2 vereadores em Angra dos Reis e em Volta Redonda, significando grandes vitórias a nível municipal, e passamos a ter vereador em Rio Claro.

 

22. Na Baixada Fluminense, mantivemos posição em Nova Iguaçu (01 vereador), elegemos vereador pela primeira vez em Duque de Caxias, 3º colégio eleitoral do estado, e passamos a ter vereador em Seropédica.

 

23. Na região dos Lagos, elegemos vereador na importante cidade de Araruama.

 

24. Recuamos de posições alcançadas em 2004 (01 vereador eleito) em Niterói, Itaboraí, Arraial do Cabo, Bom Jardim e Engenheiro Paulo de Frontin.

 

Perspectivas

25. Tendo em vista os desafios mais gerais do Partido para o biênio 2009/2010 podemos apontar que a batalha da eleição presidencial, que terá no Rio de Janeiro um de seus palcos principais, será uma tarefa primordial que deve mobilizar todos os militantes e dirigentes.

 

26. As forças conservadoras e neoliberais (PSDB/DEM) já se movimentam no estado visando derrotar o campo do Governo Lula em 2010. O recente processo eleitoral fortaleceu o nome de Fernando Gabeira, elemento alinhado à direita, que pode ser uma peça importante a serviço da candidatura de José Serra.

 

27. O PCdoB/RJ deve trabalhar pela construção de um espaço que aglutine os partidos e o pensamento de esquerda no estado e contribuir para formar no estado um amplo arco de forças no campo do governo Lula.

 

28. Quanto aos seus objetivos próprios, o PCdoB deve desde já formatar seu projeto eleitoral tendo em vista a orientação do Comitê Central de “ampliar sobremaneira a representação federal do PCdoB na Câmara dos Deputados, tendo em vista o papel decisivo disso na correlação de forças políticas, e ligar tais objetivos a conquistas de posições políticas no âmbito dos Estados”. Nesse sentido, a antecedência no detalhamento deste projeto permitirá ao Partido o esforço de posicionar os nomes que sejam capazes de cumprir a meta de eleger uma bancada federal, de forma prioritária, e uma bancada estadual. Até fevereiro de 2009, deverão ser construídas as nominatas de deputado federal e de deputado estadual e metas eleitorais.

 

29. Atingir este objetivo também passa por nossa capacidade de construir alianças políticas que permitam ao Partido romper qualquer tipo de tentativa de isolar o PCdoB, visando cercear seu crescimento e diminuir sua influência junto ao povo. A participação no Governo de Eduardo Paes na capital é um passo importante para romper esse isolamento. Em março de 2009, deveremos realizar um seminário estadual sobre o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, no contexto do quadro de forças tendo em vista a disputa de 2010.

 

30. O PCdoB deve dedicar ingentes esforços no sentido de dialogar com as camadas médias da sociedade fluminense, fortemente influenciadas por uma campanha midiática que na última eleição teve o objetivo de desqualificar a esquerda e confundir a opinião pública com o claro objetivo de preparar o terreno para a campanha conservadora à presidência em 2010.

 

31. Quanto aos objetivos imediatos, o Partido deve acompanhar com atenção as tratativas para a participação nos executivos municipais de prefeitos aliados, atentando para que essas participações se pautem por compromissos programáticos e políticas públicas em favor do povo e que estejam a serviço do fortalecimento partidário, da projeção de lideranças comunistas e no sentido de reforçar o projeto político do PCdoB. Ganha destaque a presença do PCdoB, com Jandira Feghali, na Secretaria de Cultura da cidade do Rio de Janeiro.

 

32. Permanece o grande desafio de transformar a crescente influencia política e social do PCdoB em maiores resultados eleitorais.

 

33. As Comissões das Secretarias sindicais, de movimento popular, de juventude e de mulheres, devem traçar planos para o ano de 2009, tendo em conta a crise mundial do capitalismo que pode acirrar a luta de classes e aumentar o protagonismo dos movimentos sociais. Para tanto, precisamos materializar o desafio de estruturar a CTB no estado.

 

34. O diálogo do Partido com a intelectualidade, a juventude e o proletariado, principal veio de crescimento partidário, deve ser intensificado, através de uma atuação cada vez mais presente a nível institucional, na academia, nos movimentos sociais e no movimento sindical.

 

35. Também as Comissões de Comunicação e Formação devem intensificar a atuação do Partido nestas áreas, tendo em conta duas necessidades principais: 1) Formar os novos contingentes de filiados que ingressaram no Partido; 2) Dar atenção especial aos vereadores recém eleitos; 3) Travar em nível superior a luta de idéias em defesa do socialismo, que como aponta a última resolução do 10º encontro dos partidos comunistas e operários “é a alternativa, o caminho para a verdadeira e total independência dos povos, para a afirmação dos direitos dos trabalhadores e o único meio de pôr termo às destruidoras crises do capitalismo”. É necessário que as Secretarias de Comunicação e Formação, em um trabalho integrado, preparem um plano de trabalho para 2009.

 

36. Finalmente, em 2009 será realizado o 12º Congresso Nacional do Partido. O PCdoB-RJ deve mobilizar e envolver um grande contingente de filiados novos e antigos para as discussões em torno deste que é o ponto alto da democracia partidária e momento privilegiado para o fortalecimento político e ideológico de nossa organização.

 
Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2008
Comitê Estadual do PCdoB-RJ