Tekojojá: movimento de apoio a Lugo funda partido político

Em um documento distribuído durante a reunião, o novo partido aponta a continuidade do movimento, iniciado em 2006, e que tem como objetivos principais “servir como instrumento de organização e de luta política do campo popular paraguaio, compreendido pelos setores oprimidos, explorados e discriminados, no afã de chegar a uma sociedade justa, livre, democrática e soberana”.

Descrevendo a trajetória do movimento, o documento enumera também as conquistas que obteve nestes dois anos de luta. “Conseguimos chegar a quase todos os rincões do país, ao mesmo tempo que levantamos, promovemos e consolidamos o projeto de mudanças encabeçado por Fernando Lugo como candidato à presidência da república”.

“O Partido Popular Tekojojá só adquire sentido em função de seu projeto político e como parte do processo emancipatório nacional e latino-americano”, descreve.

O Partido Comunista do Brasil esteve presente ao ato, representado por Socorro Gomes, membro do Comitê Central e presidente do Conselho Mundial da Paz.

Ao falar perante os mais de 2 mil delegados e convidados, a representante do PCdoB saudou o novo partido como um instrumento indispensável para levar adiante o programa de mudanças do governo Lugo, por soberania nacional, reforma agrária, democracia e justiça social.

Socorro declarou apoio às reivindicações do povo paraguaio por soberania energética e alimentar e defendeu a identidade entre as esquerdas no continente latino-americano e especialmente entre as esquerdas paraguaias e brasileiras.

Disse ainda que é importante a unidade entre os governos de Lugo e Lula e a luta e comum contra o imperialismo e as classes dominantes reacionárias e entreguistas dos dois países.

O nacionalismo de ambas essas classes “é na verdade um tipo de chauvinismo que não corresponde aos interesss dos povos paraguaio e brasileiro”, finalizou.