Vereadores de Salvador elegem nova Mesa Diretora da Câmara
O prefeito reeleito João Henrique (PMDB), o vice Edvaldo Brito (PTB) e os 41 vereadores de Salvador, entre os quais as comunistas Aladilce Souza e Olívia Santana, tomaram posse ontem, em concorrida solenidade na Câmara Municipal. Os vereadores voltaram
Publicado 02/01/2009 18:50 | Editado 04/03/2020 16:21
A nova Mesa Diretora é formada ainda por Paulo Magalhães Jr. (DEM) (primeiro vice-presidente), Gilberto José (PDT) (segundo vice-presidente), Erivelton Santana (PSC) (terceiro vice-presidente), Sidelvan Nóbrega (PRP) (primeiro secretário), Alan Sanches (PMDB) (segundo secretário), Orlando Palhinha (PSB) (terceiro secretário), Paulo Câmara (PSDB) (corregedor) e Odiosvaldo Vigas (PDT) (ouvidor).
O PT e o PCdoB disputaram a direção da Câmara com uma chapa que tinha como candidata à presidência da Mesa Diretora a vereadora Vânia Galvão (PT), tendo como primeira vice a vereadora Olívia Santana (PCdoB). O candidato à segunda-vice era Moysés Rocha (PT), à terceira, Gilmar Santiago. A primeira secretária seria Aladilce (PCdoB), a segunda, Marta Rodrigues (PT) e o terceiro, Dr. Giovani (PT). O candidato à corregedoria era o também petista Henrique Carballal.
Logo após o término da apuração dos votos, o novo presidente da Câmara Muncipal, Alfredo Mangueira, anunciou que a primeira proposta que fará será a extinção da verba indenizatória dos parlamentares. O benefício, de até R$ 7 mil mensais por vereador, tem como propósito o ''custeio do mandato'' (gastos como aluguel de carros e ações publicitárias) e trouxe grandes problemas para o antigo presidente, Valdenor Cardoso (PTC), com relação à prestação de contas para o Tribunal dos Municípios. Além disso, Mangueira também promete rever o Regimento Interno da Câmara, que é considerado por todos como um instrumento ultrapassado.
Câmara renovada
Enquanto, na prefeitura, o clima é de continuidade administrativa, na Câmara Municipal, a renovação foi de quase 50% nos titulares das cadeiras. Dos 41 vereadores de Salvador, 20 não se reelegeram em 2008. Esta é a maior renovação de que se tem notícia desde 1982, quando o ex-prefeito Mário Kertész tinha sob sua liderança 26 dos 33 vereadores. Na eleição municipal de 2004, a renovação na Câmara foi de 43%.
Desta vez, saem de cena veteranos como o ex-presidente do Legislativo Municipal, Valdenor Cardoso (PTC), derrotado no quinto mandato, e o decano Silvoney Sales (PMDB), que pretendia ir para a sexta reeleição. Subirão à tribuna novatos como Léo Kret, a primeira vereadora dançarina travesti eleita na Bahia, com mais de 12 mil votos, a quarta mais votada da cidade.
O PT e o PMDB foram os partidos que elegeram o maior número de vereadores, cada um com seis. A coligação que apoiou a candidatura à reeleição do prefeito João Henrique (PMDB) no primeiro turno elegeu 17 vereadores, e foi reforçada com a adesão do DEM, PR e PP.
Já a bancada que apoiou a candidatura do petista Walter Pinheiro, formada pelo PT, PCdoB, PSB e PPS, elegeu 10 vereadores e contou com o apoio do PSDB no segundo turno. Fato é que o segundo mandato de João Henrique começará com uma inversão de cenário, com alguns dos principais opositores do passado, como o DEM (na época PFL), integrando a nova base de sustentação, e PT e PCdoB na oposição.
De Salvador,
Eliane Costa com Agências