CTB-RS: Flexibilização trabalhista não garante empregos

A CTB-RS (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) realizará na próxima quinta-feira (22/01), às 14h, no auditório da Fecosul (Andradas, 943, 7º andar) uma reunião, com a presença do dirigente nacional da Central, João Batista Lemos, onde s

A atual crise econômica mundial acabou caindo no colo dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Em dezembro o Ministério do Trabalho registrou cerca de 600 mil demissões.


 


Segundo o jornal Estado de São Paulo, as demissões foram provocadas pela queda nas vendas e grandes estoques. O “Estadão” aponta, ainda, que a indústria brasileira pretende reduzir um terço o número de empregados até o próximo mês. Além das demissões, cerca de 150 mil trabalhadores estão em férias coletivas.


 


Numa tentativa de reaquecer a economia do país, o Governo brasileiro anunciou medidas para desonerar o setor automotivo e estimular o consumo, como a redução do Imposto de Renda para Pessoa Física. A equipe de Lula também busca medidas para acalorar o setor da construção civil, como a elevação do valor do financiamento habitacional com a utilização do FGTS e a redução de impostos para os materiais de construção.


 


Diante da crise e da retração dos postos de trabalho, Paulo Skaf, presidente da FIESP (Federação da Indústria do Estado de São Paulo), reuniu o Conselho Superior Estratégico e representantes da Cia. Vale do Rio Doce, Embraer, Votorantim, Gol, Gradiente, entre outros, para debater o tema.


 


A reunião produziu três propostas, sendo elas, a redução da jornada de trabalho e do salário dos trabalhadores em até 25%, redução da taxa de juros (13,75% para aproximadamente 8%) e diminuição da carga tributária. Segundo a Fiesp, em conjunto com outras federações patronais e a Força Sindical, tais medidas visam a garantia do emprego no país.


 


Segundo Guiomar Vidor, presidente Estadual da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, no Rio Grande do Sul, a redução drástica da taxa de juros é uma medida importante e, por isso, apóia tal proposição. Entende ainda que é possível discutir-se a diminuição da carga tributária afim de dinamizar setores produtivos da economia brasileira.



 


Entretanto, a CTB se posiciona frontalmente contrária à redução salarial dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. ''É inaceitável que, mais uma vez, os trabalhadores brasileiros paguem a conta da crise, enquanto os grandes empresários ainda comemoram os recordes de venda, produção e lucros, como no caso da indústria de automóveis'', justifica o presidente.


 


De Porto Alegre


Sônia Corrêa