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Cresce perspectiva de segundo turno na eleição da Câmara

Com o quadro da disputa pela presidência do Senado virtualmente definido diante do amplo favoritismo da candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP), as expectativas sobre possíveis surpresas nas eleições da próxima segunda-feira (2) no Congresso se vo

Os partidários de Temer sabem dos riscos que correm a partir da confirmação de que Sarney disputará o comando do Senado e deverá nele instalar a legenda do PMDB. Para os demais partidos representados no Congresso, a começar pelo PT do presidente Lula, o controle peemedebista também na Câmara é uma demasia política, a ser combatida com a eleição de um nome alternativo ao de Temer para o cargo.
 


Na corrida pelo segundo posto na votação para a presidência da Câmara, o deputado Ciro Nogueira é visto com alguns corpos à frente de Aldo Rebelo, embora este seja o nome considerado de maior confiança para o PT e seus projetos sucessórios de 2010. Ciro carrega o estigma do fisiologismo exacerbado e seria o herdeiro direto de um de seus mentores, o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti.
 


Tanto Sarney como Temer apelam, para respaldar suas candidaturas, à crise financeira internacional. Argumentam que saberiam dar melhores respostas aos desafios enfrentados neste cenário de incertezas. Em suas declarações recentes, o ex-presidente Sarney chegou a citar os imperativos da “governabilidade” do País como justificativa para aceitar a missão de concorrer ao cargo. No caso de Temer, seus partidários usaram argumento semelhante.
 


Mas os candidatos do PMDB ao Senado e à Câmara, assim como seus oponentes, não deram a conhecer qualquer proposta que pretendam apresentar, uma vez eleitos para os cargos que pleiteiam, para colaborar com o esforço de superação da crise. A rigor, a disputa sucessória no Congresso ocorre em meio a um vazio de propostas e ideias para conduzir o Legislativo e contribuir para que o País ultrapasse a turbulência econômica.



Agência Estado