Amazonenses presentes no FSM avaliam encontro dos presidentes
Lideres dos movimentos sociais do Amazonas participaram, ontem, da principal mesa de discussao do Forum Social Mundial (FSM) 2009, America Latina e o desafio da crise mundial, que contou com os presiden
Publicado 30/01/2009 21:19 | Editado 04/03/2020 16:12
O presidente da Uniao da Juventude Socialista (UJS) no Estado, Bruno Correa, chama atençao para a possibilidade de dialogo e interaçao deixado pelos presidentes que participaram do evento. «Essa reuniao poderia ser feita num hotel ou em qualquer outro local, mas só o fato de ter sido dentro do forum demonstra o compromisso desses presidentes com a plataforma politica defendida pelos movimentos sociais», enfatiza.
Outro ponto destacado por Correa é o efeito que a presença desses presidentes no FSM 2009 gera no cenário politico internacional. «Nesse encontro foi reafirmado o papel que esses e outros países da América Latina jogam no sentido de contruir um bloco de resistência a politica imperialista», disse.
A denúncia da agenda neoliberal como causadora das crises que se alastra no setor energético, alimentar e fincaneiro também foi pautado pelo jovem.«As falas foram consensuais no sentido de responsabilizar os países desenvolvidos pela ocorrência da crise internacional e da resposta diferenciada que o nosso continente vai dar. Nao haverá investimentos em bancos, e sim no setor produtivo de modo que os trabalhadores nao sejam penalizados por tudo isso», completou.
De acordo com o folclorista e lider dos movimentos de juventude na cidade de Paritins, Marcos Boi, o elemento a ser extraido do encontro dos cinco presidentes da America do Sul no FSM e a situacao privilegiada dessa parte do continente. «A America Latina vive uma perspectiva melhor no cenario de crise porque uma media de 10 paises buscam uma alternativa em bloco, o que facilita mais», afirma lembrando a busca pela integracao do continente, argumento que foi amplamente defendido nos discursos dos chefes de Estado.
Em relacao a peculiaridade desse evento ter ocorrido dentro da programacao do FSM, Marcos ressalta a abrangencia do evento e a carga de responsabilidade que recai para as diversas entidades do movimento social ali presentes. «Isso facilita na compreensão dos agentes politicos do mundo todo. Mas e preciso o movimento social, sobretudo, o estudantil assumir o papel de disseminar essa onda de idéias propressistas que esta vigorando na agenda pública do nosso país», destaca. «Até porque as forças políticas conservadoras disputam a consciència dos jovens a fim de voltar a governar todos esses países num futuro proximo. Em contrapartida, temos várias políticas públicas de juventude (PPJ) que estão sendo implementadas e os jovens precisam conhecer a grandeza dessas coisas», completa.
De Belém,
Anderson Bahia