Oposição aceita governo de unidade no Zimbábue
O oposicionista MDC (Movimento pela Mudança Democrática, na sigla em inglês) do Zimbábue aceitou integrar um governo de unidade liderado pelo atual presidente do país, anunciou nesta sexta-feira (30) o líder do partido, Morgan Tsvangirai. “Estamos entrand
Publicado 30/01/2009 16:41
A posição oposicionista de aderir ao governo deve pôr fim a um longo impasse quanto a um acordo de emergência de partilha do poder, diante do aprofundamento da crise económica e humanitária.
Nelson Chamisa, um porta-voz do MDC, disse à TV árabe Al Jazira que “o partido decidiu garantir a nossa parte do acordo, através da participação no governo de inclusão”. Ele advertiu que ainda havia algumas questões por serem resolvidas, mas disse: “Estamos prontos para iniciar a reconstrução, para iniciar a democratização e a convalescença nacional.”
O acordo fora já em setembro passado pelo MDC e o governista Zanu-PF (sigla em inglês de União Nacional Africana-Frente Patriótica), partido de Robert Mugabe, presidente do Zimbábue. Masa estagnara em seguida devido a sucessivas disputas sobre a distribuição dos ministérios mais importantes. Mugabe entregou ministérios-chave para gente sua, o que levou o MDC a reclamar de exclusão.
Líderes regionais, que agiam como mediadores para ajudar os rivais zimbabuianos a resolver suas diferenças, pressionaram para que a unidade governamental seja concluida até 13 de fevereiro.
Nesta a sexta-feira o presidente da África do Sul, Kgalema Motlanthe, disse à Reuters no Fórum Econômico Mundial, em Davos: “Esta fase é realmente crítica para se alcançar a estabilidade política e o primeiro passo para a recuperação econômica desse país”.
Pelo acordo de partilha de poder, Mugabe contimua como presidente enquanto Tsvangirai torna-se primeiro-ministro. Mas, com o país em uma profunda confusão financeira, os dois continuarão a enfrentar duros desafios mesmo após o impasse político ser resolvido.
Desemprego chega a 80%
A prioridade máxima do governo de unidade seria consensuar rapidamente uma política econômica que dê alívio aos problemas cotidianos e convencer os investidores do Ocidente a injetar recursos no país. Caso o dinheiro não aparreça, Mugabe poderia responsabilizar Tsvangirai e desacredita-lo.
John Makumbe, um observador político local, comentou para a Al Jazira: “Esta é uma enorme possibilidade, sobretudo se Mugabe não cumprir outras exigências do MDC. É um teste para o MDC, que terá uma grande influência sobre o seu futuro.”
Tsvangirai – que possui fortes vínculos nos países centrais, principalmente a ex-metrópole breitânica – tem prometido o início de um “Zimbábue”, com uma política de livre mercado. Ele jurou acabar com a fome e criar novos postos de trabalho, em um país onde a taxa de desemprego chega a 80%.
Com infotrmações da Al Jazira