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Aldo Rebelo contesta ''Blocão'' de 14 siglas, do PT ao DEM

Em nome do Bloco de Esquerda, os deputados Jó Moraes (PCdoB-MG) e Flávio Dino (PCdoB-MA) protocolaram na mesa da Câmara neste domingo (1º) um pedido de impugnação do chamado ''Blocão''. Formado por nada menos que 14 partidos, do PT ao DEM, o ''Blocão'' fo

O deputado maranhense explica que a formação do ''superbloco'', formalizada na última sexta-feira (30), três dias antes da eleição da nova mesa da Câmara, ''além de burlar o princípio da participação proporcional na mesa, implica em diversas violações do Regimento Interno da Câmara''. Destaca em particular que ela ''busca proibir as candidaturas avulsas'' que são ''um direito regimental''.

Um bloco parlamentar, conforme o Regimento, é a aliança entre dois ou mais partidos políticos que passam a atuar como uma só bancada, sob liderança comum. O ''Blocão'', porém, ''reúne'' 14 dos 20 partidos presentes na Câmara: PMDB, PT, PSDB, DEM, PR, PDT, PTB, PV, PPS, PSC, PHS, PTdoB, PRTB e PTC. As bancadas somadas das 14 siglas reúnem 421 deputados.

O objetivo para a formação do pseudobloco, conhecido por todos, foi tentar impedir as candidaturas avulsas a outros cargos da mesa, na eleição que acontece nesta segunda-deira (2). Estas vinham aumentando as chances das candidaturas alternativas à de Temer – a de Ciro Nogueira (PP-PI) , apoiado por seu partido, e a de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), lançado pelo Bloco de Esquerda (PSB, PCdoB, PMN, PRB).

''Dois dias depois da eleição esse bloco não existirá mais'', garantiu Flávio Dino, baseado na completa disparidade entre as 14 siglas. ''O Michel [Temer], sem coesão ideológica, se sustenta na coesão normativa'', criticou.

O pedido de impugnação foi feito às 12 horas e a mesa deve responder ainda nesta tarde, quando ocorre uma reunião dos líderes das bancadas. A expectativa que é que a mesa não terá condições de sustentar o artificialismo do :''Blocão'' e pelo menos admitirá o direito dos deputados que pretendem se lançar como candidatos avulsos.

Da redação