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Outdoor de grife machista atrai protestos em Nápoles e Rio

Como se não bastasse o caso Battisti, outra polêmica eclodiu entra brasileiros e italianos, desta vez na esfera cultural-estética-feminista: a grife italiana Relish exibiu em Nápoles e outras cidades uma campanha de outdoors, fotografados em conhecidos ce

''Achei essa campanha de mau gosto. Fiquei sabendo dela hoje. Acho que deve ser alguma coisa de fetiche sexual'', disse o prefeito carioca, Eduardo Paes. Ele agregou que  apoiará o secretário especial de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello.

Este disse que pedirá à Embaixada Italiana no Brasil a retirada dos outdoors. Esse tipo de publicidade desrespeita não só a corporação da Polícia Militar como compromete a imagem do Rio de Janeiro e dos próprios cariocas. É lamentável que fatos desrespeitosos e preconceituosos como esses ainda ocorram em pleno século 21'', condenou Mello.

Dessa vez, ao contrário do caso Battisti, os italianos concordaram com os brasileiros. A grife de moda jovem feminina, com sede em Milão e lojas também em Nápoles e Bolonha, parece irremediavelmente isolada.

''Uma bofetada nas dignidade humana. Uma incitação nunca vista à violência contra as mulheres, sobretudo neste momento totalmente dispensável. É também uma ofensa às forças da ordem. Conseguiu atingir com contundência em várias frentes abertas pelos mais recentes fatos da crônica'', reclamou em artigo o jornal La Repubblica.

Para a desdita do publicitário machista e/ou sádico contratado pela Relish, Nápoles tem uma prefeita, Rosa Russo Iervolino (Partido Democrático), quer não poderia ficar alheia à provocação exibida em enormes painéis de seis metros por três. Rosetta, como é conhecida, sentenciou: ''Removam esses cartazes'', e ordenou um inquérito com este objetivo.

A indignação é partilhada pela opinião pública. No site de relacionamento Facebook, a comunidade criada por internautas italianos ''Eliminare la pubblicità relish da napoli!!!!'' (''Eliminar a publicidade da Relish em Nápoles!''), cresce a cada dia. Na madrugada deste domingo, 337 participavam dos fóruns, que debatem também o abuso contra as mulheres, com mensagens que chegavam a propor o boicote à Relish.

Da redação, com agências