Cúpula dos Povos será paralela à Cúpula dos Chefes de Estado
Os movimentos sociais, camponeses, indígenas, sindicais, de mulheres, organizações ambientalistas e de defesa de direitos humanos estarão reunidos na 4ª Cúpula dos Povos do Sul, entre os dias 16 e 18 de abril, em Trinidad e Tobago. O evento vai ocorrer de
Publicado 05/02/2009 11:14
A reunião é considerada uma ocasião para definir uma posição pública diante dos acelerados acontecimentos do ano passado, como os problemas de integração regional, a crise global, o novo governo dos EUA. Os movimentos pretendem discutir ainda a agenda social em busca de aprofundar o debate, a confrontação e a formulação de alternativas ao modelo neoliberal. Além disso, o momento será propício para estreitar laços com os movimentos sociais do Caribe.
O documento, enviado pela Aliança Social Continental, ressalta que os temas que serão discutidos nessa Cúpula das Américas evidenciam um fortalecimento das ideias neoliberais como estratégia de saída para a crise e uma preocupação cada vez maior pela segurança e a militarização dos países. A incógnita fica por parte do novo governo de Obama, se vai ou não continuar com as políticas de seu antecessor.
“Por outro lado, na América Latina se tem desenvolvido iniciativas de integração que apontam para uma maior autonomia regional, excluindo os EUA, como se evidenciou nas cúpulas dos presidentes que coincidiram em Salvador, Bahia, no fim de 2008. No entanto, esses processos e a tomada de distância com a política de Bush não estão isentos de contradições”, afirma o comunicado da Aliança.
Levando em consideração esse contexto, a Aliança acredita que a IV Cúpula dos Povos será um espaço para renovar o rechaço ao modelo econômico neoliberal e para reclamar aos governos políticas de desenvolvimento baseadas na igualdade e na justiça social, garantindo a soberania alimentar e energética, o cuidado do ambiente, os laços de cooperação latino-americana, a igualdade de gêneros e a diversidade étnica e cultural.
Fonte: Agência Adital