Opinião: Da direita? Sem dúvida!

O Socialismo Científico é um modelo econômico-social criado por Karl Marx e Friedrich Engels em meados do século XIX. Os dois jovens alemães constataram, então, as explícitas falhas e as inúmeras contradições do sistema capitalista. O que ficou conhecido como Marxismo, nasceu aí, em 1848, com a publicação do Manifesto do Partido Comunista, escrito pela notória dupla.
A partir de então, foram diversos autores, cientistas, intelectuais, estadistas que amadureceram e aperfeiçoaram a ideia de uma sociedade mais justa, democrática, livre e pacífica. Felizmente, as ideias estão sujeitas ao burilamento do tempo, e o modelo de socialismo vislumbrado pelos primeiros entusiastas hoje se adéqua ao contexto histórico-social de cada nação.
Nas últimas semanas, certo jornalista narcisista publicou (ou devo dizer cometeu?), aqui, no Diário da Manhã, artigos desrespeitosos e prepotentes. Falácias típicas daqueles que não possuem o mínimo conhecimento sobre aquilo que estão dizendo, ou, na pior das hipóteses, estão mal-intencionados, pretendendo enganar o leitor.

A sociedade capitalista sofre dessas mazelas: pessoas que se voltam tanto para o próprio umbigo, que se consideram melhores ou mais importantes que as demais; facínoras que vociferam mentiras conscientes (não se envergonham da hipocrisia de dizer o que sabem que não é verdadeiro) ou ignorantes que afirmam lorotas inconscientes (estão tão ocupados se olhando no espelho que não se dão ao luxo de estudar um pouquinho antes de levar a público suas opiniões sem fundamento).

A “ignorância canibalesca” dos “dinossauros” comunistas só pode ser assim entendida a partir da perspectiva de alguém sem a percepção da evolução histórica do Socialismo Científico, que acompanha o próprio desenvolvimento histórico da humanidade; alguém que tem a cara-de-pau de relacionar a alcunha de “preguiçoso crônico” a um homem que recebeu título equivalente ao de doutor com pouco mais de 30 anos de idade, que revolucionou a Economia, as Ciências Sociais e a Filosofia ao redor do mundo, e que continua a ser estudado e admirado por pessoas de toda parte.

Este mesmo jornalista, que se proclama “da direita e do Direito”, diz condenar a “tentativa de transformar o Brasil num país com regime comunista”. “Nada de novo.” Foi essa a justificativa para os dois períodos ditatoriais que nosso país viveu no século passado. É isso que grita a direita raivosa quando os interesses do povo são defendidos por governos progressistas como o do presidente Lula e tantos outros instalados na América Latina e ao redor do mundo.

Não sinto vergonha em afirmar que o capitalismo está agonizando, e que me entusiasma ver seus defensores ficarem mais desesperados a cada banco que vai à falência. Não me envergonho, tampouco, em crer que o socialismo é o sucessor histórico desse sistema decadente. Afirmo, sem a menor cautela, que o comunismo virá suceder o socialismo e que o povo, não só brasileiro, mas de todo o planeta, irá comemorar a boa-nova.

Não me julgo moralmente superior a ninguém! Sou a favor da liberdade de expressão e da crítica democrática! Nunca defendi nenhum líder sanguinário como Bush ou Hitler! Não sou conivente com a corrupção nem com o mau uso do dinheiro público! Penso tanto em meu bem-estar quanto na satisfação das necessidades básicas de todas as pessoas do mundo! Por isso e por outros motivos, ataco, sem contemplações, o sistema capitalista e seus defensores retrógrados que insistem em taxar de vagabundos ou bandidos aqueles que nunca tiveram a oportunidade de, quem sabe, montar uma empresa de publicidade com 30 funcionários.

Paulo Victor Gomes é estudante de Jornalismo e comunista convicto