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Parlamento venezuelano dedica sessão ao 'Caracazo'

A Assembléia Nacional venezuelana realiza neste sábado (27) uma sessão extraordinária dedicada ao 20 º aniversário dos acontecimentos de 27 e 28 de fevereiro de 1989. Nesta data o povo saiu às ruas, no protesto contra um pacote de reformas neoliberais con

A deputada Desiree Santos foi a autora da proposta, aprovada na Câmara do Parlamento, recordar ''os sangrentos acontecimentos de 27 e 28 de Fevereiro de 1989'', que levara à morte ''de um número indeterminado de pessoas''.



Ele recordou que o Caracazo aconteceu quando o então presidente Carlos Andrés Pérez (hoje condenado pela Corte Suprema venezuelana, mas refugiado nos Estados Unidos) acatou ''os ditames do FMI'' e impôs um conjunto de medidas que provocou a rebelião do povo venezuelano. ''Esses fatos não podem ser esquecidas'', disse a deputada. Ela defende que se deve punir ''os culpados pelas mortes nesses dias azíagos''.



O presidente Hugo Chávez pediu um maior esforço para trazer justiça às vítimas da chacina, em uma celebração ecumênica em homenagem aos mortos. ''Deve-se fazer justiça neste genocídio, apesar de sabermos que o Estado burguês da época se encarregou de desaparecer com os mortos e os elementos de prova'', disse.



Chávez recordou que o ex-presidente Perez ''goza da protecção dos Estados Unidos'', mas agregou que ''existem outros responsáveis liberdade no país'', como o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que era governador da capital, onde ocorreu o massacre.
Para Chávez, o Caracazo ''foi a primeira revolta contra o neoliberalismo'', quando ''parecia que as luzes revolucionárias se apagavam em todo o continente, exceto Cuba, diante do Consenso de Washington''.



''Hoje estamos celebrando, a bem dizer, 20 anos do início da Revolução Bolivariana, a últimoa do século 20 e a primeira do século 21'', disse Chávez.



A sessão especial se realiza na Escola Nacional Padre Mendoza, na Rua Ocho, em Los Jardines del Valle, em Caracas.



Com informações da Prensa Latina