Espanha: País Basco pode compensar revés socialista galego
O PSOE (Partido Socialista Operário da Espanha) de José Luis Rodriguez Zapatero sofreu um revés eleitoral nas eleições regionais deste domingo (1º), ao perder o governo da Galiza. Mas pode compensa-lo caso consiga formar a coalizão capaz de conduzi-lo à a
Publicado 01/03/2009 20:23
Na Galiza, o PP (Partido Popular, de direita neofranquista, principal oposição ao PSOE) recuperou o governo que já fora seu durante 24 anos, mas desde 2005 estava em mãos de uma coligação liderada pelos socialistas.
Mas a vitória do PP galego foi apertada: conseguiu 39 cadeiras, duas a mais que em 2005 e uma a mais que o mínimo para lograr a maioria. O PSOE ficou com 24 cadeiras e seu aliado, o BNG, com 12.
O candidato do PSdeG ao governo local, Emilio Pérez Touriño, reconheceu a derrota para o PP. Disse que ''tomamos nota do resultado'' que ''os eleitores galegos decidiram com seu voto' e ''retificaremos o que haja para retificar''.
O novo líder do PP em nível de toda a Espanha, Mariano Rajoy, que assumiu a direção da legenda no ano passado em um processo de restruturação após a derrota nas eleições gerais, jogou todas as suas fichas na Galiza, nclusive por ser galego. Durante a campanha ele percorreu 7 mil km na pequena região de 29 mil km2 (mais ou menos o tamanho de Alagoas).
No País Basco, conforme as últimas parciais da apuração, os nacionalistas do PNV eram os mais votados porém com uma maioria relativa, de 29 cadeiras em um Legislativo de 75 no total. Já o PSE (a sigla socialista local), obtinha 25 cadeiras (sete a mais que em 2005) e o PP local 13 (duas a menos que em 2005); somando-se a UPyD, que elegeu um deputado, pode-se formar uma heterodoxa coalizão capaz de tirar o PNV do governo, já que na região a polarização principal não é PSOE-PP.
Esta foi a primeira eleição no País Basco sem a participação do Batasuna, impedido de participar pela Justiça a pretexto de ter ligações com os separatistas da ETA. O beneficiário imediato da proibição foi o crescimento do Aralar, uma dissidência não-violenta do Batasuna, que teve 62 mil votos (mais que o dobro de 2005) e elegeu quatro pafrlamentares.
Numa contagem geral, o PSOE de Zapatero interrompeu com esse resultado nove anos de ascensão quase ininterrupta e quatro à frente do governo central espanhol. Mas não se sabe se ele representará uma recuperação do PP, acossado pelo envolvimento de seus membros num caso interno de espionagem e por um processo judiciário onde é réu de um escândalo de corrupção.
Da redação, com agências