PCdoB-BA: dirigentes definem metas para 2009

Sobre os desafios para este ano, o enfrentamento da crise financeira ganha destaque: “O embate exige respostas rápidas e um esforço grande para que os trabalhadores não sejam penalizados”, pontuou Souza para, em seguida, enfatizar a importância dos movimentos sociais na consolidação do crescimento do partido: “O PCdoB sempre teve presença sólida junto aos movimentos sociais, o que, aliado às condições políticas favoráveis com a vitória de Lula e, aqui na Bahia, de Wagner, mais a valorização das eleições majoritárias para prefeitos, foi fundamental para ampliar o protagonismo político do partido”, concluiu.

O bom desempenho do partido em 2009 à frente das 40 prefeituras conquistadas – 18 somente na Bahia – depende, também, das resoluções internas. A Conferência Estadual, que acontece em outubro, servirá  para atualização do programa socialista do partido, além da eleição de novas direções em todos os níveis – as conferências municipais e estaduais antecedem a etapa nacional, marcada para novembro, em São Paulo. De certo, a meta de ampliação da legenda na Câmara Federal, de onde pretende saltar dos atuais 12 para 25 a 30 deputados. “No Brasil, os partidos são qualificados em função do tamanho na bancada federal, que define desde o cálculo do tempo de televisão, ao fundo partidário e a participação em comissões”, observou Souza.

Bahia

Além de Daniel Almeida e Alice Portugal, ambos à frente do segundo mandato como deputados federais, o deputado estadual Edson Pimenta surge como nome forte dentro da legenda, sustentado por conta dos 80 mil votos que obteve na última eleição. Para a Assembléia Legislativa, além da pretensão de renovar os mandatos de Álvaro Gomes e Javier Alfaya, o PCdoB lançará uma chapa ampla.  “A chapa numerosa é decisiva para a eleição dos três federais, além de expressar o crescimento partidário, especialmente no interior do estado”, explica o presidente da legenda. 

Os comunistas buscando a implementação do projeto eleitoral definiram a criação imediata de uma Comissão Eleitoral para atuar em conjunto com a Comissão Política e o Comitê Estadual. A Comissão funcionará até a Conferência Estadual, e deverá ouvir prefeitos e prefeitas, possíveis candidatos, parlamentares e representantes dos Comitês Municipais.

“A expansão da democracia, rompendo com a tradição autoritária na Bahia, com a adoção de uma posição mais ao lado do povo, de valorização da participação popular, é substancial para o PCdoB e é o projeto que continuaremos a defender em 2010”, arrematou Péricles de Souza.

De Salvador,

Camila Jasmin

Atualizada às 15h