Correa: crise mal é sentida no Equador
Otimista, o presidente do Equador, Rafael Correa, avaliou, ontem, que o País, até agora, não sente os efeitos da crise financeira mundial. O governante defendeu a decisão de impor restrições às importações e favorecer as exportações. E afirmou que conti
Publicado 09/03/2009 15:41
''A crise financeira internacional já tem cinco meses e mal é sentida hoje no Equador pelo bom manejo da economia'', afirmou o presidente Rafael Correa. ''Apesar da crítica situação econômica ter nos golpeado fortemente, pois motivou a queda do preço do petróleo e a diminuição das remessas, até agora não a sentimos”, ressaltou ontem à noite Correa.
Em entrevista concedida a jornalistas de associações de canais da televisão nacional, ele qualificou de acertadas as decisões de impor restrições às importações e favorecer as exportações. ''Estas medidas são necessárias para garantir a liquidez e o emprego e os resultados já são vistos, além de que o dinheiro não sai do país'', sublinhou.
''Iniciou-se também uma campanha que chama a consumir o produto nacional, tendo em vista incentivar a produtividade e a geração de novas fontes de trabalho'', pontuou.
Correa defendeu igualmente o imposto estabelecido à saída de capitais e criticou a desmedida liberação comercial que existia no País, que – disse – representou um desastre. ''A invasão de produtos baratos acabou com o artesanato equatoriano'', afirmou, ao reconhecer que a dolarização corre perigo.
Ele destacou ainda a necessidade de diversificar a economia, pois os dois pilares que sustentam a circulação do dólar estadunidense – o alto preço do petróleo e as remessas- caíram com a crise. ''Quando se tem uma moeda estrangeira, se perde competitividade, porque não se pode desvalorizar a divisa'', explicou, ao ressaltar que isto originou a restrição imposta às importações e o aumento de impostos a uma série de produtos.
O chefe de Estado mencionou que a nação prioriza, assim mesmo, o investimento em setores estratégicos e assegurou a contribuição da China, Irã e Venezuela para a construção de projetos hidroelétricos e uma refinaria. ''Esses financiamentos demonstram a seriedade do governo, pois apesar da crise há interesse de investir no Equador'', concluiu.
Fonte: Prensa Latina