''Os alimentos do povo são sagrados'', diz Chávez
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu, ontem, que os ''alimentos do povo são sagrados''. E instou todos os venezuelanos a apoiarem a luta contra o açambarcamento. Também ratificou que qualquer espaço ocioso no País passará por intervenção
Publicado 09/03/2009 15:10
''Vamos todos apoiar Eduardo Samán, o ministro do Comércio, na sua luta contra o açambarcamento'', pediu o Chefe de Estado, durante ato em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em Caracas.
Na semana passada, Chávez autorizou a intervenção nas empresas produtoras de arroz do País, alegando que elas não tem cumprido regras governamentais.
A primeira intervenção aconteceu na fábrica de arroz Primor, pertencente à empresa Polar, maior produtora de alimentos da Venezuela.
''Estas intervenções têm a finalidade de garantir ao povo venezuelano a produção regulada do arroz'', explicou o ministro da Agricultura e da Terra, Elías Jaua. Segundo ele, a iniciativa do governo se deve ao fato de as insdústrias terem criado um mecanismo para fugir do tabelamento do governo – que só inclui o arroz branco tradicional – produzindo o arroz em versões ''saborizadas''.
Jaua informou que algumas empresas deixaram de produzir o arroz convencional e outras tem destinado cerca de 90% da produção ao tipo ''saborizado''.
Nesse sentido, Chavez advertiu mais uma vez que, caso as empresas afetadas pelas intervenções tentem parar a produção do arroz, poderá expropriar todas as plantas, passando-as de propriedades privadas a propriedades sociais.
Terrenos ociosos para o povo
O presidente da Venezuela também sinalizou que poderá intervir em latifúndios do País. E fixou um prazo para que a Coca Cola desocupe de maneira voluntária uma área no município de Libertador, utilizada como estacionamento.
''Se não desocuparem voluntariamente, eu mesmo irei desalojá-los'', disse o governante. Para ele, os latifúndios já não devem existir na Venezuela. Chávez solicitou aos governadores de todo o País que se incorporem à luta pela construção de um novo espaço geográfico. E anunciou que o Governo Nacional intercederá em outros latifúndios nos Estados de Carabobo, Aragua, Yaracuy e Miranda.
Da Redação, com Agências