Começa campanha eleitoral no Equador
Começa oficialmente nesta terça-feira a campanha para as eleições presidenciais do Equador, marcadas para o dia 26 de abril, quando também serão escolhidos novos membros para a Assembleia Nacional (Congresso), governadores, prefeitos e vereadores. O presi
Publicado 10/03/2009 12:10
As eleições foram convocadas após a aprovação da nova Constituição do país, em setembro do ano passado. De acordo com as novas regras, Correa poderá concorrer agora e depois tentar uma nova reeleição, daqui a quatro anos.
Pela segunda vez na história do país, todas as campanhas terão financiamento exclusivamente público. Desta forma, somente o Estado pagará aos meios de comunicação pelos espaços em que serão veiculadas as peças eleitorais, o que custará aos cofres públicos cerca de US$ 53 milhões.
O objetivo é promover a igualdade de condições entre todos os partidos e coalizões. A prática foi implementada pela primeira vez em setembro de 2007, quando foram eleitos os membros da Assembleia Constituinte, responsáveis por elaborar a nova Carta Magna do país.
Antes do início da campanha, o Conselho Nacional Eleitoral do Equador puniu o presidente Correa por considerar que ele fez propaganda política antecipada. O órgão aplicou uma multa de US$ 650 e mandou suspender a veiculação de uma mensagem dele em que apareciam símbolos de seu movimento, o Aliança País.
De acordo com as últimas pesquisas, Correa sustenta uma grande vantagem em relação a seus principais adversários. Em fevereiro, segundo números da consultoria Santiago Pérez, ele tinha 54% das intenções de voto, contra 13% do empresário Álvaro Noboa (a quem derrotou em 2006) e 11% do ex-presidente Lucio Gutiérrez, eleito em 2003 e que caiu em 2005 após intensos protestos populares.
Levantamento mais recente, feito pela Santiago Cuesta no dia 1º de março, aponta Correa com 47,41% dos votos, seguido por Gutiérrez, que tem 5,82%, e Noboa, com 4,81%. Se esta tendência se preservar, é muito provável que o atual presidente conquiste a reeleição ainda no primeiro turno. Em 2006, quando foi eleito pela primeira vez, disputou o segundo turno com Álvaro Noboa.
A campanha terá duração de 48 dias, com encerramento marcado para 23 de abril. Cerca de 10,5 milhões de equatorianos estão habilitados a ir às urnas no dia 26. Pela primeira vez no país, poderão votar jovens com idade entre 16 e 18 anos, presos que não tenham sido condenados, militares e policiais na ativa.
Os 200 mil cidadãos equatorianos que vivem no exterior também terão direito ao sufrágio, desde que tenham se cadastrado nos consulados. Estes eleitores poderão escolher seis representantes para a Assembleia Nacional.
Fonte: ANSA América Latina