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Imagens de Lula, Chávez e Obama na campanha de El Salvador

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o dos Estados Unidos, Barack Obama, e o da Venezuela, Hugo Chávez, têm sido citados com frequência pelos dois partidos que disputam as eleições presidenciais de El Salvador. O pleito ocorre no próxim

A Aliança Republicana Nacionalista (Arena), no poder há 20 anos, vincula constantemente a imagem de Chávez à Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), principal força de oposição e cujo candidato, Mauricio Funes, é apontado pelas pesquisas como favorito para chegar ao governo.

A Arena tem tentado disseminar entre os eleitores a ideia de que, com uma vitória da FMLN, o país se associaria ao projeto bolivariano de Chávez, criticado pela campanha governista. Estratégias parecidas já foram usadas por partidos da Bolívia e do Peru.

Durante o fim de semana,  em ato de encerramento de sua campanha, o candidato governista, Rodrigo Ávila, mencionou o presidente venezuelano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como aliados do partido opositor.

“Chávez e a FMLN são inimigos dos Estados Unidos. Um voto para a FMLN é um voto para Chávez. Não sejamos um satélite a mais de Chávez”, diz um dos anúncios da Arena, veiculado em emissoras de rádio e canais de televisão.

Mauricio Funes, por outro lado, cita em suas mensagens eleitorais os presidentes Obama e Lula como fontes de inspiração.

As suspeitas levantadas pela Arena de que Chávez estaria ajudando financeiramente a FMLN levou o Ministério Público a investigar as contas da campanha do partido, que recebeu doações no valor de US$ 2,3 milhões. Nas ruas da capital do país, San Salvador, há gigantescos cartazes publicitários em que Funes é retratado ao lado de Chávez e do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. O candidato já afirmou que se trata de uma montagem.

Funes indicou ainda que lhe parece estranho que empresários salvadorenhos expressem temor em relação a um possível governo da FMLN. Ele lembra que empresas salvadorenhas têm crescido na Nicarágua, país que tem um governo de esquerda, enquanto a empresa Transportes Aéreos del Continente Americano (Taca) completou recentemente 15 anos de atividade em Cuba.

O ex-presidente da Corte Suprema de Justiça do país, Domingo Méndez, lamentou o uso da figura de Chávez na campanha, que segundo ele se tornou quase um “terceiro candidato”. Cerca de 4,2 milhões de salvadorenhos estão habilitados para ir às urnas no domingo.



Fonte: ANSA América Latina