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Juiz De Sanctis também critica matéria da revista 'Veja'

O juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo e responsável pelos processos da Operação Satiagraha da Polícia Federal, negou por meio de nota que esteja sendo “objeto” de investigação da Corregedoria da Justiça Federal e que seja p

“Em momento algum este magistrado foi objeto ou está sendo objeto correcional por atuar em ‘consórcio’ com esta ou aquela instituição ou parte”, diz o juiz em nota.



De Sanctis ainda critica a matéria da revista Veja. A reportagem afirma que o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz investigou e espionou indevidamente pessoas como a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, José Serra, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Segundo o juiz, as denúncias levantadas pela revista são “imprecisas”.



Apesar de defender a liberdade de imprensa, o juiz afirma que “matéria jornalística não pode servir de lastro para conclusões judiciais, à exceção dos casos de crime contra a honra ou de ações civis indenizatórias”.



O juiz Fausto De Sanctis foi o responsável pelos dois mandados de prisão contra o banqueiro Daniel Dantas, que foi solto nas duas oportunidades com os habeas corpus concedidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.


 


Antecipar 2010


 


Já em seu blog na internet, o delegado Protógenes Queiroz se defendeu das acusações da revista dizendo que a matéria é “mentirosa”. “Não é a primeira vez que estamos diante de fatos semelhantes publicados de forma bandida e irresponsável”, diz o delegado, perguntando-se: “A quem interessa esse fato?”.


 


Ontem, numa entrevista coletiva sem espaço para questionamentos, o delegado Protógenes Queiroz afirmou que a Veja “está tentando fabricar um escândalo, tentando antecipar a eleição de 2010”.


 


“Provocar esses escândalos só porque a ministra Dilma Rousseff está subindo nas pesquisas?”, indagou, num discurso ininterrupto, com um exemplar da revista nas mãos.


 


Ele prometeu processar a revista e quem mais participou “dessa notícia mentirosa, fantasiosa”. Reportagem de capa da revista Veja dessa semana diz que Protógenes teria investigado diversas autoridades de forma ilegal.


 


“Não há fragmento de indício que envolva o presidente do STF, ministros de Estado, senadores”, disse, referindo-se às investigações da Operação Satiagraha.


 


“A ministra Dilma Rousseff e o ex-ministro José Dirceu não foram alvo dessa investigação nem tampouco senadores.” Sobre a quebra de seu sigilo telefônico pela Polícia Federal, afirmou que não é de agora. “Foi pedido lá atrás, após o dia 8 de julho, quando deflagrei a Operação Satiagraha.”


 


Protógenes considerou importante a discussão da “origem e formatação” da reportagem e levantou a hipótese de que ela “tenha seus tentáculos fora do Brasil”. Classificou, ainda, de “grave” a revelação da identidade de oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Isso só ocorre no Brasil”, criticou. A revista Veja não quis se manifestar sobre as acusações. delegado também negou que tenha investigado a ministra Dilma Rousseff, o ex-ministro José Dirceu, o chefe de gabinete da Presidência da República Gilberto Carvalho, o senador Heráclito Fortes, o senador Antonio Carlos de Magalhães Neto e o ministro Mangabeira Unger.


 


Fonte: Agência Brasil