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PIB sobe 5,1% em 2008 mas cai 3,6% no 4º trimestre

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (10) o PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre, que fecham o desempenho de 2008. Puxado pelos três primeiros trimestres de robusto crescimento, o PIB do ano cresce

A queda do terceiro para o quarto trimestre foi a maior desde o início da série histórica em 1996, superior também às previsões dos analistas. A expectativa era de uma retração entre 1,60% e 3,50%. Agricultura e serviços tiveram uma retração discreta (0,5% e 0,4%), mas a indústria desabou 7,4% no trimestre.



Entre os componentes da demanda interna, a Formação Bruta de Capital Fixo teve a maior queda, sempre em relação ao trimestre anterior (-9,8%, o maior recuo da série), seguida pela Despesa de Consumo das Famílias (-2,0%). Já a Despesa de Consumo da Administração Pública variou positivamente 0,5%. Pelo lado do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 2,9% e as Importações de Bens e Serviços decresceram 8,2%. A primeira vez que houve queda nessa taxa desde o terceiro trimestre de 2005 (-0,5%).



No acumulado nos quatro trimestres de 2008, todos os três setores que o compõem o PIB cresceram: Agropecuária (5,8%), Serviços (4,8%) e Indústria (4,3%). A Formação Bruta de Capital Fixo, apesar do baque no quarto trimestre, cresceu 13,8% no acumulado do ano, a maior taxa de crescimento anual desde o início da série em 1996.



O crescimento do PIB brasileiro em 2008 foi o terceiro melhor do governo Lula, superado pelos de 2004 e 2007, ambos com 5,7% (veja o gráfico). Ficou porém ligeiramente abaixo das previsões, iam de 4,90% a 5,50%, com mediana de 5,20%.
A taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 19% em 2008, avançando em relação aos 17,5% em 2007. A taxa de poupança (poupança/PIB), por sua vez, foi de 16,9% em 2008, com recuo em relação a de 2007, que tinha sido de 17,5%. O PIB em valores correntes de 2008 totalizou R$ 2,9 trilhões.



O PIB per capita (divisão do valor do PIB – R$ 2,9 trilhões em 2008 – pela população residente no meio do ano, de189,6 milhões de habitantes) ficou em R$ 15.240,00 em 2008, com alta de 4,0% ante o ano anterior. Em 2007, a expansão do PIB per capita havia sido um pouco maior (4,5%). A gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, atribuiu o aumento menor à diferença entre o PIB de 5,7% em 2007 e o de 5,1% em 2008.



Da redação, com IBGE (http://www.ibge.gov.br) e agências