Presidente instalado em Madagáscar 'lutará contra a pobreza'
O novo presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, afirmou nesta quarta-feira (18), em Antananarivo, perante 15 mil simpatizantes, que a luta contra a pobreza será a sua prioridade durante o período que vai governar o país.
Publicado 18/03/2009 10:00
“Farei de tudo que estiver ao meu alcance para que os malgaches saiam da pobreza”, declarou Rajoelina, momentos após de o Alto tribunal constituicional (HCC, sigla em francês), ter confirmado de que ele exerceria à função de presidente do país.
Rajoelina, prometeu igualmente ” fazer baixar o preço do arroz “, alimento básico no país considerado o mais pobre do planeta.
ONU 'preocupada'
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, disse terça-feira que estava “seriamente preocupado” com a situação política em Madagáscar. No último fim de semana, o chefe de Estado Marc Ravalomanana foi obrigado a renunciar por uma revolta popular provocada pela oposição, de acordo com comunicado divulgado pelas Nações Unidas na terça-feira.
Michele Montas, porta-voz de Ban Ki-moon, afirmou que o secretário-geral pediu aos os protagonistas da crise para que agissem com responsabilidade, “assegurando a estabilidade do país e uma transição sem derramamento de sangue por meio da instalação de instituições democráticas”.
Em seguida à deposição de Ravalomanana, a junta militar instalada terça-feira em Antananarivo, transmitiu por decreto “plenos poderes” ao líder da oposição, Andry Rajoelina, que se considerou imediatamente “Presidente de Transição” e prometeu organizar eleições presidenciais “dentro de 24 meses”.
Mas, segundo o secretário-geral da ONU, “qualquer transição pacífica deve ser apenas resultado de consenso nacional”.
Ban Ki-Moon pediu à polícia e ao exército que garantam a segurança da população malgaxe e que trabalhem juntos para a resolução pacífica da crise.