Suape ajuda Pernambuco a enfrentar a crise
Uma palestra sobre os investimentos no Complexo Industrial Portuário de Suape abriu, na noite desta quarta-feira (18), a série de atividades denominada Jornada Vermelha, organizada pelo PCdoB de Pernambuco em comemoração aos 87 anos do Partido. Em quase u
Publicado 19/03/2009 18:50 | Editado 04/03/2020 16:58
Na opinião de Inaldo Campelo, que é militante do PSB, um encontro como esse é extremamente importante para munir de informações as forças progressistas que colocam Pernambuco no caminho do desenvolvimento. “Com a proximidade das eleições para o Governo do Estado e a Presidência da República, em 2010, a oposição vai nos atacar de todas as formas possíveis. Se não estivermos preparados para enfrentá-los de frente, podemos ter sérios prejuízos”, argumentou.
Por isso, o diretor foi claro e preciso ao mostrar os níveis de desenvolvimento em Pernambuco gerados pelo Porto de Suape. Segundo ele, o governador Eduardo Campos vem investindo, gradativamente, recursos para a melhora estrutural do Complexo Portuário como a construção de novos “piers”, novas áreas para a instalação de empresas e qualificação da mão-de-obra local.
“Se depender do nosso trabalho, o povo nos dará mais quatro anos de governo”, comentou Inaldo Campelo referindo-se à contribuição que o Porto de Suape dá para o crescimento de Pernambuco.
Estrutura portuária
De acordo com o diretor, a estrutura do Complexo Portuário está entre as melhores do mundo. O Porto de Suape está localizado numa região privilegiada, entre as cidades de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. Fica a nove dias do Porto de Rotterdam, o maior do mundo, e a sete da costa leste norte-americana. Além de, num raio de 800 km, se conectar com portos de outras sete capitais do nordeste, atendendo 30 milhões de pessoas.
Atualmente, Suape tem uma movimentação portuária de 8,4 milhões de toneladas de produtos por mês. Com os investimentos de Eduardo Campos em parceria com o Governo Lula em ações como a dragagem do ancoradouro, ampliando de 15 para 20m de profundidade a área onde os navios atracam para descarregar, estima-se que a movimentação portuária, entre os anos de 2009 e 2011, cresça para 40 milhões de toneladas de produtos ao mês.
O seu plano diretor, criado em 1975, pouco antes da instalação do Porto, já previa espaços para a instalação de empreendimentos de grande porte para Pernambuco, como o Estaleiro Atlântico Sul e a refinaria de petróleo. “Projetos que quase 30 anos depois, o governador Eduardo Campos e as forças aliadas tiraram do papel”, disse Inaldo Campelo.
A relação com a sociedade
“Eu posso assegurar que mais de 90% dos trabalhadores de Suape, hoje, são pernambucanos”, informou o diretor. Quando se investe tanto em empreendimentos como Suape, os benefícios agregados são visíveis e a população local só tem a ganhar. O atual Governo de Pernambuco, regido pelas forças de esquerda, acredita no potencial popular.
Dentro do Complexo Industrial Portuário de Suape existem dois centros de formação e qualificação profissional. Um deles é para jovens, onde são atendidos adolescentes de 27 comunidades próximas ao porto e o outro para adultos que aprendem um oficio especializado e logo são aproveitados nas empresas que chegam. E não são poucas.
De 2007 para cá, 33 novas empresas fecharam contrato para se instalarem dentro com Complexo Industrial Portuário, sendo que 15 delas já estão em construção. Além dessas, outras 25 estão em processo de negociação. Empresas como Decal, GLP, Brasilgás e Petrobrás fazem parte deste time.
Segundo Inaldo Campelo, essas empresas trazem outras menores, mas de igual importância para a geração de empregos e bem-estar da população. Ele citou como exemplo algumas operadoras de planos de saúde que montaram unidades no Cabo de Santo Agostinho porque empresas de Suape oferecem aos seus funcionários planos como o Real Saúde.
“Isso dá uma segurança para a saúde da população e gera mais empregos porque serão necessárias outras pessoas para trabalharem nessas unidades de saúde”, afirmou o diretor. Para concluir: “Apesar dessa turbulência causada pela crise econômica norte-americana, Pernambuco vai crescer em 2009 e dar a sua parcela de contribuição no PIB do Brasil”, concluiu.
Do Recife,
Daniel Vilarouca