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Uruguaios querem plebiscito sobre lei que anistiou torturadores

Metade dos uruguaios é favorável à realização de um plebiscito sobre a Lei da Caducidade nas próximas eleições presidenciais de outubro, indicou uma pesquisa da empresa de consultoria uruguaia Cifra. A Lei da Caducidade, que determina um tempo limite p

A pesquisa indica que 50% dos uruguaios aprova a realização de um plebiscito sobre a lei, enquanto 42% assegura que, caso o pleito for realizado, vai votar a favor da anulação da lei.



Sancionada em 1986, durante o governo democrático de Julio Sanguinetti, a Lei da Caducidade foi ratificada três anos depois em plebiscito popular.



O estudo da consultoria revela que 25% dos uruguaios é contrário ao plebiscito, enquanto outros 25% admitiram não ter uma opinião formada sobre a questão.



Cerca de 27% dos uruguaios disse que, caso o pleito fosse realizado, optaria por não anular a lei, enquanto 31% não se posicionou sobre o tema.



A pesquisa indicou também que, entre os entrevistados que apóiam a coalizão de esquerda Frente Ampla, que governa o país, 67% se manifestou a favor da anulação da lei e 15% optou por mantê-la.



Por outro lado, entre os apoiadores do Partido Nacional, principal partido de oposição, 22% é a favor da abolição da lei e 41% é favorável a mantê-la.


Recentemente, tem ganhado força no Uruguai a campanha organizada pela central sindical PIT CNT e por organizações de direitos humanos para coletar assinaturas para reivindicar a realização do referendo nas próximas eleições, em 25 de outubro.



A campanha já coletou mais de 235 mil assinaturas e pretende alcançar os requisitos necessários para obter o direito à realização do pleito antes da data limite para apresentá-las no Tribunal Eleitoral, em 25 de abril.



Fonte: ANSA