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Tibetanos comemoram 50 anos de libertação

Foi realizada nesta sexta-feira (27) em Pequim uma palestra a respeito do 50.º aniversário da emancipação de milhões de servos tibetanos. O membro permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (CCPCCh) e presidente da Conf

No 28 de março de 1959, o governo central anunciou a dissolução do então governo regional do Tibete, dando início ao movimento de libertação dos escravos e servos, abrindo também uma nova página da história da região.



Jia Qinglin indicou que o fim da servidão feudal sob regime teocrático do velho Tibete foi uma transformação social mais ampla, mais profunda e maior, abrindo uma nova era na história do Tibete.



“Essa foi uma grande contribuição do povo chinês para a causa de direitos humanos do mundo, dando início ao caminho de desenvolvimento democrático e político da região; foi um grande marco no movimento internacional para a abolição de escravidão, promovendo a civilização e o progresso da Humanidade”, destacou.



Jia Qinglin enfatizou que o desenvolvimento socioeconômico do Tibete se encontra hoje num novo ponto de partida.  “É necessário dedicar o máximo esforço para produzir um salto no desenvolvimento econômico do Tibete, garantir e melhorar as condições de vida da população, preservar de maneira firme a harmonia e a estabilidade social, bem como aplicar integralmente as políticas religiosa e étnica do PCCh” afirmou.



No ano passado, o valor total do PIB do Tibete foi de cerca de 39,6 bilhões de yuans, 65 vezes maior em relação a 1959.



A renda per capita dos agricultores e pastores atingiu 3710 yuans, mantendo um aumento de dois dígitos por 6 anos consecutivos.



A expectativa de vida aumentou de 36 anos, 50 anos atrás, para 67 anos na atualidade.



No velho Tibete, não existia uma só escola propriamente dita, porém, hoje em dia, o Tibete não só concretizou a popularização da educação, como também foi o primeiro a adotar a educação obrigatória gratuita nas cidades e no campo.



Yeshe Lodro, de 73 anos, contou como sua vida se modificou. “Nasci 73 anos atrás em Lhasa, numa família de servos. Testemunhei com meus próprios olhos as grandes transformações na ampla zona rural do Tibete e em Lhasa verificadas durante os 50 anos desde a reforma democrática. Hoje, não nos preocupamos mais com alimentação, agasalho e abrigo. E temos acesso à assistência médica e à educação para os filhos” afirmou.



Para o líder religioso do budismo tibetano, o 11º Panchen Lama, Bainqen Erdini Qoigyijabu, “a reforma democrática erradicou a servidão feudal sob regime teocrático, dando o início a uma nova era em que os trabalhadores tibetanos se tornaram donos de suas casas e tomaram nas mãos seus próprios destinos. O Tibete começou a entrar no processo de desenvolvimento da sociedade moderna.”



“Quaisquer que sejam os disfarces ou os sofismas, qualquer que seja a incitação da camarilha do dalai lama, não é possível negar o fato objetivo de que o Tibete é, desde a antiguidade, uma parte inseparável da China, nem os grandes êxitos alcançados nos 50 anos desde a reforma democrática do Tibete, também não é possível abalar a firme determinação de todo o povo chinês, inclusive os compatriotas tibetanos, de salvaguardar unidade do Estado, nem é possível impedir os firmes passos do Tibete no avanço rumo à prosperidade, ao desenvolvimento e ao progresso dentro da grande família da Pátria”, continuou Jia Qinglin.



A segunda reunião da 9ª Assembléia Popular Regional do Tibete declarou a data de 28 de março como “Dia da emancipação de milhões de servos e escravos do Tibete”.
 
 
Desenvolvimento



Em artigo publicado nesta sexta-feira, a agência de notícias chinesa Xinhuam destaca que, nos últimos 50 anos, o Tibete tem obtido êxitos históricos em todos os setores econômicos e sociais.



“O Tibete concretizou a garantia dos direitos da população, o salto de desenvolvimento econômico, o aumento notável do padrão de vida, a proteção e o desenvolvimento da cultura tradicional, a completa liberdade de credo e a elevação do nível de educação dos habitantes”, discorre o texto.



“A união é a felicidade, a separação é a desgraça, esta é uma experiência preciosa obtida nos 50 anos desde a reforma democrática no Tibete e nos 30 anos de Reforma e Abertura da China”, afirma o texto publicado pela agência noticiosa chinesa Xinhua.



“Qualquer agitação servirá somente para refrear o ritmo de desenvolvimento do Tibete, sem abalar a busca do povo tibetano por uma vida bela, nem alterar a determinação firme de seguir o caminho socialista com características chinesas sob a liderança do Partido Comunista da China”, afirma a Xinhua.