Ubes denuncia Gilmar Mendes e criminalização dos movimentos
Se dependesse apenas dos jornalistas da Folha de S.Paulo, Gilmar Mendes sairia como herói da sabatina feita pelo jornal na última terça-feira (24) — uma sabatina escorregadia, livre de qualquer tipo de contestação mais séria. O presidente do STF
Publicado 27/03/2009 18:11
Foram eles que, quase ao fim do evento, aproveitaram um descuido dos seguranças, conseguiram entrar no prédio do Teatro Folha e vaiaram Mendes. “Fascista! Nazista!”, gritava um grupo formado pelo Psol e pela Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).
Com a participação do presidente da entidade, Ismael Cardoso, cerca de 30 estudantes continuaram o protesto, denunciando a proteção do Supremo ao banqueiro Daniel Dantas: “Ô, Gilmar Mendes / que papelão / soltar banqueiro sabendo que é ladrão” Em 2008, o STF concedeu dois habeas corpus a Dantas em apenas três dias.
Ismael e alguns estudantes chegaram a ser empurrados por seguranças da Folha. “A gente entrou, manifestou nossa opinião, chamou palavras-de-ordem — e aí houve um certo tumulto”, contou o presidente da Ubes ao Vermelho. Gilmar Mendes se livrou dali pelos fundos do teatro.
“Foi um protesto dos estudantes contra a escalada de criminalização dos movimentos sociais”, explica Ismael. “Nossa opinião é que Gilmar Mendes tem sido um presidente de Supremo muito parcial. De um lado, ele ataca entidades legítimas da sociedade e, de outro, defende Daniel Dantas, que enriqueceu à custa do Estado brasileiro.”
De São Paulo,
André Cintra