Trabalhadores temem demissões com fusão da Aracruz e Votorantim
Trabalhadores da fábrica da Aracruz Celulose em Guaíba (RS), a 27 km de Porto Alegre (RS), temem novas demissões com a compra de parte da empresa pela Votorantim no último Janeiro. Recentemente, a Aracruz desligou 37 funcionários alegando perdas com a
Publicado 29/03/2009 00:08 | Editado 04/03/2020 17:11
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Papel, Papelão e Cortiça do município, João Caldas, conta que os funcionários ainda não foram informados sobre readequações na fábrica, mas avalia que mudanças devem ocorrer.
“Eles colocam essas demissões que ocorreram dentro da fábrica inclusive em função da crise, que tomou conta de tudo. E esse pessoal que foi demitido, esses 37, estariam ligados diretamente com o projeto de quadruplicação da empresa”, afirma.
No entanto, as especulações não param por aí. Nesta quinta-feira (26), representantes de outra papeleira, a sueco-finlandesa Stora Enso, visitaram a unidade da Aracruz em Guaíba. Caldas relata que há rumores de que a fábrica possa ser comprada pela Stora Enso, que controla juntamente com a Aracruz a papeleira Veracel, no estado da Bahia.
Em meio a tantas incertezas, o trabalhador reclama da postura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que passou a ter 47% das ações da Aracruz com a compra pela Votorantim. Mesmo investindo dinheiro público nas empresas, o BNDES não exige a garantia de empregos, critica Caldas.
“Uma empresa que tem quase 50% de dinheiro do governo federal não está aplicando na verdade, o desenvolvimento. Nós esperávamos que isso acontecesse. Nossa situação é crítica”, diz.
De acordo com o sindicato, as terceirizadas da Aracruz já contabilizam duas mil demissões na região de Guaíba.
FONTE: Agência Chasque