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Crise política expõe instabilidade na República Tcheca

A queda do governo tcheco no meio de uma crise econômica e durante a presidência semestral do país na União Européia demonstra a instabilidade do país, afirmou nesta terça-feira o ministro de Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg.

Em entrevista para o jornal Lidové Noviny, Schwarzenberg sublinhou que, com a atual situação na Tchéquia, começam a emergir costumes políticos duvidosos.



Para o chefe da diplomacia, o presidente do país, Václav Klaus, procura a formação de um gabinete que compartilhe seu euroceticismo e sua postura vacilante diante do Tratado de Lisboa.



O governo, ainda sob controle de Mirek Topolánek, desmoronou na semana passada, em consequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Partido Social Democrata como apoio do Partido Comunista da Boêmia e Morávia, que estão na oposição.



Apesar de perder o voto de confiança no parlamento, Topolánek culpou a semana passada a Klaus de ser um dos principais responsáveis do colapso de sua equipe.



Ainda se espera que o chefe de Estado se encarregue da formação de um governo. O novo primeiro ministro poderia ser novamente Topolánek ou algum político mais próximo ao dirigente.



Em relação à presidência tcheca da UE, as autoridades do bloco esperam que o premiê demissionário fique até o fim de seu mandato.



Essa pretensão é contrária à postura de Klaus, que deixou claro que sua posição é não permanecer com um gabinete “moribundo” até fins de junho, quando a presidência rotativa tcheca será encerrada.



O próprio Topolánek assegurou que a crise de seu governo não terá nenhuma impacto em sua gestão diante dos 27 estados da União, embora neste momento seja questionável a capacidade de enfrentar os desafios pendentes.