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Balanço: o que ganharam os petroleiros com a greve nacional?

Com a greve nacional, realizada entre os dias 23 e 27, petroleiros conquistaram importantes reivindicações da categoria após longa negociação com a Petrobras. A empresa se comprometeu, por exemplo, a não perseguir nenhum dos trabalhadores envolvidos na pa

A Petrobras também desistiu de instalar uma comissão que apuraria o que a empresa chama de “excessos” cometidos pelos petroleiros durante a greve. Outro compromisso da Petrobras é retirar todos os interditos proibitórios instalados nos cinco dias de greve, além de pagar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), estendido a todos os funcionários do Sistema Petrobrás, incluindo Refap, TBG e Petroquisa.


 


Houve divergências, no entanto, entre as bases da categoria na decisão de finalização da greve. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 11 sindicatos, foi a primeira a aceitar os termos da negociação com a Petrobras e declarar o fim da paralisação no dia 27. Já a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), que representa seis sindicatos, continuou negociando com a estatal até o dia 28, quando decidiu encerrar a greve.


 


Segundo o coordenador da FUP, João Antonio de Moraes, os trabalhadores conseguiram aumento da PLR para 12,5% — o mesmo valor da gratificação paga no ano passado. Sobre o pagamento de horas extras nos feriados, a Petrobras não foi favorável à proposta, mas aceitou fazer o pagamento do benefício pelo menos no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador. “Não foi aceita a plenitude dos nossos pleitos, mas houve avanços significativos”, resumiu Moraes.


 


A FUP já tinha decidido indicar o fim da greve no dia 27, apesar de considerar insuficiente a proposta apresentada pela Petrobrás. Já o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindipetro-RJ), Edson Munhoz, que integra a FNP, afirmou que a Frente Nacional só decidiu encerrar a greve porque considerou que não poderia sustentar a mobilização sozinha.


 


A greve nacional durou cinco dias e, de acordo com nota da FUP, teve adesão total nas unidades operacionais da empresa e adesão parcial em demais setores, como na administração da estatal. Sem contar o apoio de outras empresas — caso da paralisação de 24 horas dos funcionários da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.


 


Da Redação, com informações da Brasil de Fato