Bolívia: vice acusa oposição de tentar boicotar eleição
O vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, interinamente no comendo do país, denunciou, nesta quarta-feira, que o setor “mais antidemocrático” da oposição tenta boicotar as eleições gerais de 6 de dezembro de 2009.
Publicado 01/04/2009 14:01
O governante lamentou que os senadores opositores, que controlam a Câmara Alta, obstaculem a aprovação do projeto de Lei do Regime Eleitoral Transitório, que viabilizará as eleições, provicanmdo a reação dos movimentos sociais que ameaçaram cercar o Congresso da República.
“Eu quero alertar uma tentativa de sabotagem por parte de alguns membros da oposição, não de todos, falo dos setores mais antidemocráticos, de bloquear, boicotar as eleições de dezembro”, disse, em coletiva de imprensa.
García manifestou que os senadores da oposição poderão fazer modificações que quiserem no projeto, aprovado em primeira instância pela Câmara de Deputados, mas pediu que eles “deixem de perder tempo, porque os prazos para a aprovação são fatais”.
Ele explicou que, nas regras do sistema democrático no país, será finalmente o Congresso Nacional quem irá aprovar ou não a lei do Regime Eleitoral para eleger, em dezembro, as novas autoridades executivas e legislativas da Bolívia.
“Eu queria convocar antes de 7 de abril (uma sessão do Congresso), mas tudo depende de que o Senado faça o seu trabalho”, destacou Linera.
Ele expressou seu desejo de que a “racionalidade” retorne ao Congresso, onde vamos construir verdadeiros consensos, não simples retóricas e show político, como os senadores de oposição”.
García disse que, em sua condição de presidente do Congresso Nacional, receberá as sugestões dos senadores, dos deputados e da Corte Nacional Eleitoral, mas deixou claro que “ao final, será a maioria democrática que tomará a última decisão” sobre o projeto do Regime Transitório.
Fonte: ABI