Dirigentes sindicais cobram referência ao trabalho na cúpula do G-20
Os representantes das principais entidades sindicais do mundo pediram ao Grupo dos Vinte (G-20, que reúne os países mais ricos e principais “emergentes”), cuja cúpula acontece em Londres na quinta-feira, que priorize a criação de emprego em suas discus
Publicado 01/04/2009 14:15
Uma delegação liderada pelo secretário-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Guy Ryder, manifestou este pedido ao primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, anfitrião da cúpula, durante uma reunião com no número 10 de Downing Street, residência oficial do chefe de governo britânico.
Após o encontro, o secretário de Internacional de Comissões Operárias (CCOO), Javier Doz, afirmou que os delegados tinham transmitido a Brown a ''decepção'' dos sindicatos pela ausência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) na cúpula do G-20. Estarão presentes na reunião outros organismos econômicos, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Refrência ao trabalho
Os dirigentes sindicais pediram que o acordo final do Grupo ''inclua em lugar de destaque uma referência ao trabalho digno'' e aos direitos trabalhistas como são desenvolvidos pela OIT, assim como ''medidas dirigidas a garanti-los''. Os dirigentes sindicais apresentarão ao G-20 um pacote de medidas contidas no que chamaram de Declaração de Londres, na qual se reivindica um plano coordenado de recuperação e crescimento sustentável orientado à criação de emprego.
A proposta inclui a ajuda aos bancos com problemas e novas regras financeiras, a luta contra o risco de deflação salarial, medidas sérias contra a mudança climática e a reforma dos organismos financeiros multinacionais. Os representantes sindicais se reunirão na sede do Trade Union Congress (TUC, que aglutina os sindicatos britânicos) em Londres com o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Khan, e o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.
Com agências