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Brasileiros falam sobre a sensação de terremoto na Itália

Dois gaúchos, que moram há cerca de 20 anos na Itália, relataram no início da tarde desta segunda-feira ao programa Gaúcha Repórter como sentiram o terremoto que atingiu a região de Abruzzo durante a madrugada.

José Galia, reside em Roma, a 122 quilômetros do local onde ocorreram os estragos. Ele conta que foi um susto muito grande combinado com uma sensação de impotência: “Foi impressionante. Começou a cair tudo dentro de casa”.



De acordo com Galia, a situação no local é ainda mais complicada, pois a prefeitura, que deveria comandar os resgates, ficou totalmente destruída.



Outra moradora das proximidades de Roma, Graça Montenegro, contou que foi acordada durante a noite pelo barulho das janelas da casa batendo, por volta das 3h30min, na Itália.



“Pensei em ladrões quando escutei a rumor, mas como revisei e não tinha nada, retomei o sono. Não percebi que era um terremoto. Nessa época do ano, de mudança de clima, tem muito vendaval”.



Vilarejos inteiros ficaram quase totalmente destruídos, segundo relatam testemunhas do terremoto de 5,8 graus na escala Richter que abalou a região central da Itália. O ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, informou que o terremoto na região de Abruzzo causou enormes danos em sua capital, L'Aquila. 



Berlusconi confirma 150 mortes e rejeita ajuda



O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, confirmou que o terremoto deixou “mais de 150 mortos e mais de 1.500 feridos”.


 


“São mais de 150 mortos e mais de 1.500 feridos, números que, no momento, estão sob controle”, afirmou o premier em uma entrevista, concedida por telefone a um programa de TV local.


 


Berlusconi, que visitou a região na tarde desta segunda-feira para verificar as condições do local e quais ações seriam tomadas pelo governo, afirmou que “estamos fazendo todo o possível para retirar as pessoas dos escombros e estamos acompanhando algumas situações particulares com aflição”.



Após mais de 15 horas do desastre, continuam as tarefas de busca e resgate e cerca de 70 mil pessoas, segundo dados locais, estão desabrigadas.



“Abrigaremos pessoas em albergues, que contam com cerca de cinco mil quartos e entre 15 e 20 mil camas”, continuou o premier, explicando que a região também foi dividida “em quatro, cada uma com um campo operacional em que foram armadas duas mil barradas”.



Sobre as ações do governo e a ajuda internacional oferecida por diversas nações, Berlusconi afirmou apenas que “agora, basta a nossa força”, rejeitando a oferta feita por 35 países de cooperar financeiramente ou junto à coordenação das atividades humanitárias.



Fonte: ANSA