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Fracassa pressão contra Coreia do Norte na ONU

O Conselho de Segurança da ONU continuará nesta segunda-feira (6) suas consultas, após o fracasso obtido no domingo em relação a obter apoio para os pedidos dos Estados Unidos de impor fortes sanções à República Popular Democrática da Coreia, por causa

O Conselho foi convocado domingo, depois de uma sessão de emergência, por pedido do Japão, horas depois de a RPDC lançar ao espaço um satélite experimental, levado ao espaço por um foguete do tipo Un'ha-2.



A decolagem se deu no polígono de Tonghae, na costa oriental nortecoreana, como parte da pesquisa para o uso pacífico do espaço exterior, segundo as autoridades nortecoreanas do Comitê de Tecnologia Espacial (CTEC).



Entretanto, os Estados Unidos, junto com Japão, Coreia do Sul e potências da Europa Ocidental, pedem condenações a Pyongyang, porque consideram que, na realidade, foi efetuado um ensaio de um míssil balístico intercontinental, capaz de transportar uma ogiva nuclear.



Durante as discussões, a representante americana, Susan Rices, alegou que a Coreia Democrática teria violado a resolução 1718 aprovada pelo Conselho de Segurança em 2006, a qual proíbe que Pyongyang realize provas de armas nucleares e mísseis balísticos.



No texto dessa resolução, não aparece nenhuma proibição direta à realização de pesquisas para o uso pacífico de tecnologia espacial, um objetivo defendido pela Coreia.



De acordo com funcionários da ONU, as pressões dos EUA e seus aliados no sentido de obter novas sanções no Conselho de Segurança contra a RPDC tropeçaram nas recusas da Rússia e China, dois membros permanentes do Conselho, com poder de veto.



Em um breve encontro ontem com a mídia, ao terminar a reunião, o embaixador da China, Zhang Yesui, disse que todos os países envolvidos na discussão devem agir com moderação e que toda resposta deve ser cautelosa e equilibrada.



Por sua vez, o embaixador da Rússia na ONU, Igor Shcherbak, recomendou evitar qualquer ação precipitada e esperar o tempo que seja necessário para compreender os parâmetros técnicos do lançamento realizado pela RPDC.



Entretanto, o Conselho de Segurança decidiu não tomar medidas imediatas contra a RPDC mas dará continuidade ao diálogo sobre qual será a resposta a esta situação.



De acordo com o embaixador do México, Claude Heller, que preside neste mês o organismo, seus 15 membros concordaram em continuar as consultas sobre a reação apropriada que devem tomar conforme suas responsabilidades.