Alba buscará posição comum para Cúpula das Américas

O coordenador da Comissão da Nicáragua e presidente do Fundo de Investimento Social de Emergência do mesmo país, Nelson Artole, explicou que essa reunião da comissão permanente permitiu a todos os países-membros “uma reflexão sobre o que será a cúpula”.

“Os presidentes integrantes da Alba vão definir de forma unânime e em linhas concretas a posição do bloco na Cúpula das Américas em relação à crise econômica mundial, que foi gerada pelo capitalismo selvagem”, disse o funcionário.

Por outro lado, indicou Artole, os países também levarão “uma posição sólida e forte de recusa à política dos Estados Unidos, que não permitiram a entrada de Cuba na Cúpula das Américas”.

O coordenador afirmou que “não pode haver uma reunião em nosso continente sem a presença de Cuba, por isso a Cúpula da Alba vai deliberar um apoio forte e categórico para pedir o fim da política de isolamento e o embargo” da ilha por parte dos Estados Unidos.

Nesse sentido, dias atrás Chávez disse que não ficará calado durante a Cúpula das Américas, e se propôs a introduzir na agenda do encontro um debate sobre o isolamento e o bloqueio de Cuba pelo governo norte-americano.

“Se querem vir com o mesmo discurso excludente do império, então nada vai mudar. Tudo continuará igual. Cuba é um assunto de honra para os povos da América Latina, e não podemos aceitar que os Estados Unidos sigam atropelando os povos de nossa América”, afirmou Chávez na ocasião.

Por sua vez, o vice-ministro venezuelano das Relações Exteriores, Francisco Arias Cárdenas, informou que na reunião da comissão permanente, realizada na sede do Banco da Alba, foram avaliados os mandatos da comissão política, assim como os acordos da cúpula anterior.

“Estudamos propostas e iniciativas para a agenda que será decidida pelos presidentes na cúpula, além de inquietudes dos diversos governos da Alba sobre situações que afetam o desenvolvimento de nossos países”, disse Arias Cárdenas.

A Alba é formada por Bolívia, Cuba, Dominica, Honduras, Nicarágua e Venezuela, e propõe um modelo de integração nas áreas de economia, comércio, tecnologia, política, cultura, educação e saúde.

O bloco foi criado em oposição à Área de Livre-Comércio para as Américas (Alca), promovida pelos Estados Unidos.

Fonte: Ansa