Ato em frente ao jornal O Estado lembra Dia do Jornalista
Participantes usaram preto em sinal de luto pelos ataques à profissão
Publicado 08/04/2009 08:12 | Editado 04/03/2020 16:35
Profissionais e estudantes de Jornalismo, gráficos e sindicalistas se reuniram em frente ao jornal O Estado, na tarde dessa terça-feira, 7 de abril, em um ato para lembrar o Dia do Jornalista. Os participantes vestiram roupa preta ou amarraram no braço fitas da mesma cor para dar visibilidade ao sentimento de luto pelos ataques que a profissão vem sofrendo.
A distribuição de panfletos e adesivos, o uso de bandeiras, a exposição de banners e faixas e os discursos feitos diante da empresa ajudaram a chamar a atenção da população para os problemas que atingem hoje os jornalistas. Durante o ato foram denunciados os baixos salários, a precarização das condições de trabalho e as tentativas de desregulamentação da profissão.
“Os jornalistas devem vestir luto não só hoje, mas em outros dias, porque a situação é realmente macabra”, definiu o presidente do Sindicato dos Gráficos, Rogério Andrade, durante o ato, referindo-se à “parafernalha” montada pelo O Povo e Diário do Nordeste para intimidar os trabalhadores.
A situação é mesmo de alerta. O desrespeito dos patrões na campanha salarial de impresso chegou ao nível de contratar segurança privada e acionar a segurança pública para amedrontar e desmobilizar os profissionais em manifestações legítimas contra o achatamento salarial e a indisposição patronal para negociar. E as intimidações continuam. “As ameaças de demissão estão correndo pelas redações e oficinas”, acrescentou Rogério Andrade.
O cenário desfavorável para os jornalistas no Ceará se agrava com uma questão que interessa à categoria em todo o País. O Supremo Tribunal Federal (STF) está para decidir se mantém ou revoga a Lei de Imprensa e a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício profissional.
Fonte: Sindjorce