Jô Moraes é homenageada com medalha da Assembleia da Paraíba
A deputada federal do PCdoB por Minas Gerais, Jô Moraes, recebeu da Assembleia Legislativa da Paraíba, a medalha Epitácio Pessoa. A homenagem prestada foi um reconhecimento pelo engajamento político de Jô Moraes contra a ditadura, seus serviços prestados
Publicado 08/04/2009 20:25
Na cerimônia, ocorrida na última sexta-feira, Jô foi saudada por Toscano, autor da comenda, e em seguida homenageada pelo artista popular Oliveira de Panelas que, ao som de acordes de viola enalteceu em versos a trajetória da paraibana Maria do Socorro Fragoso, a Jô Moraes.
Emocionada, a parlamentar falou da satisfação em receber a comenda. “É uma homenagem à geração da ‘Jô Moraes’. Uma geração da qual fazem parte não só eu, mas vários outros militantes presentes aqui. Uma geração generosa que fez história dando o melhor da sua vida, a sua própria liberdade, para que a gente vivesse um outro tempo”.
Ela falou ainda da honra em receber uma medalha com o nome de um dos maiores políticos paraibanos. “A Medalha Epitácio Pessoa também tem um significado especial. Afinal ele saiu de Umbuzeiro e foi presidente em uma das décadas mais inquietantes da modernização do país. Momento em que inclusive houve a fundação do meu partido, o PCdoB. Por isso, a medalha é carregada do simbolismo da transformação, o que nos dá muita alegria e responsabilidade”, concluiu Jô.
Jô Moraes falou também sobre o nome de Dilma Rousseff, para disputar as próximas eleições presidenciais. “Chegou a hora de alguém continuar o projeto que o presidente Lula iniciou, que é um projeto da nossa geração, e Dilma é uma das expressões mais avançada desse pensamento, além do seu passado de resistência, comprometida com um projeto nacional de mercado interno forte, e do lucro que representa uma mulher no poder”, disse Jô Morais. Para ela, Dilma Rousseff tem o perfil ideal para dar continuidade aos projetos do atual governo.
De Cabedelo a BH
Natural da cidade portuária de Cabedelo, na Paraíba, Jô Moraes foi obrigada a deixar sua terra natal na década de 70, fugindo da perseguição da ditadura militar que assumiu o poder em 1964. Estudante secundarista à época, Jô viveu em vários locais do país, com diferentes nomes, até chegar em Minas Gerais onde, também na clandestinidade, viveu e foi acolhida por uma família belo-horizontina.
No estado, ela continuou sua militância contra o regime de exceção, participou de movimentos sociais de bairro, articulou e militou em entidade de defesa dos direitos das mulheres e dos trabalhadores. Um engajamento político que a levou à Câmara dos Vereadores da capital, sendo eleita por dois mandatos consecutivos (1996 e 2000). Na Comissão de Saúde e na Comissão de Direitos Humanos, teve atuação expressiva. Posteriormente, em 2002, foi eleita deputada estadual.
Na Assembléia Legislativa de Minas, foi vice-líder do Bloco PT/PCdoB, membro da Comissão de Administração Pública e presidente da Comissão de Assuntos do Mercosul. Em 2006, ao disputar pela primeira vez uma cadeira no Congresso Nacional, Jô Moraes teve a maior votação de toda a esquerda mineira: 111.330 votos.
Em seu primeiro mandato de deputada federal, ela se destaca pelos projetos e atuação em plenário e comissões. Foi líder da bancada do PCdoB, no ano passado, quando também participou do Conselho Político do presidente Lula. Jô Moraes preside a Comissão de Seguridade Social e Família; é suplente nas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e na Subcomissão Permanente de Assistência Social, e integra e apoia 35 Frentes Parlamentares.
De João Pessoa,
Alinne Simões