Tarso afirma que déficit zero não significa nada
O ministro da Justiça Tarso Genro (PT), que participou ontem do “Tá na Mesa”, tradicional reunião-almoço da Federasul, criticou a valorização excessiva da conquista do ‘déficit zero’, principal bandeira política da governadora Yeda Crusius (PSDB). Dura
Publicado 09/04/2009 09:01 | Editado 04/03/2020 17:11
Segundo ele, há mais de uma forma de o déficit zero ser obtido. Uma delas seria por meio do superávit primário, a outra por mecanismos como 'não gastar, não pagar precatórios, não fazer investimentos.' Reiterou, entretanto, que não estava desmerecendo o que foi feito por Yeda no Estado, por estar falando “em tese”.
O ministro da Justiça, que é pré-candidato do PT ao governo do Estado, salientou que defende a escolha no partido por consenso, em agosto. “Não vou fazer uma disputa, fazer uma briga no partido para ser candidato”, disse.
Na avaliação do ministro, o partido está mudando a forma de resolver divergências internas e tomar decisões, escolhendo mais o 'diálogo' e a 'persuasão' e menos a “votação”. Sobre alianças, revelou que o PT tem buscado o mais amplo espectro, mas admitiu a inviabilidade de uma coligação com o PMDB. Também teceu considerações sobre o PDT e do PTB. “O PDT é um aliado forte do governo Lula. Fui o condutor desta entrada do PDT no governo e o partido possui um ministério forte.”
Sobre o PTB, Tarso afirmou que seria contraditório a legenda fazer uma coalizão com o PT no RS e permanecer no governo Yeda. O ministro fez ainda um afago no PSB, declarando que o deputado federal Beto Albuquerque é um nome respeitável para a disputa ao governo. E esclareceu não ter qualquer pretensão de integrar o STF. “Essa notícia só pode ter sido dada por alguém que não quer que eu seja candidato.”
FONTE: C povo net