Professores da rede pública paralisam aulas nesta sexta-feira
Pelo que parece, as discussões acerca da implantação do piso salarial de professores do Estado e do Município ainda não estão perto de terminar. Para se ter uma idéia, até a próxima sexta-feira, a categoria no Ceará, seguindo o movimento realizado em todo
Publicado 22/04/2009 09:03 | Editado 04/03/2020 16:35
De acordo com Gardênia Baima, da direção do colegiado do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), em meio às atividades em todo o Brasil, o Estado está concentrando o debate em torno da implantação do piso. Afinal, como justifica, desde janeiro último, os professores deveriam estar recebendo o reajuste de 19.2%, cujo o salário seria R$ 950,00; ter a carga de trabalho reduzida para 40 horas semanais e um Plano de Cargas e Carreiras (PCC).
“Só em alguns municípios do Estado é que o reajuste aconteceu. Fortaleza é o único município brasileiro em que os professores trabalham 44 horas semanais. Quando o mês tem cinco semanas, a carga sobre para 48 horas. Está fora do quadro nacional. É muito desgastante a categoria trabalhar três expedientes. Afinal, para compensar o baixo salário, damos aulas o dia inteiro e aos sábados”.
Por isso, Gardênia informa que os professores também reivindicam pela realização de concurso público, já que o último aconteceu em 2001. Conforme Penha Alencar, presidente da Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais Ceará (Sindicato- Apeoc), dos 22 mil docentes do Estado somente alguns estão recebendo o reajuste desde janeiro.
De acordo com ela, a paralisação, na próxima sexta, será, inclusive, para pressionar o poder público contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ajuizada contra a Lei do Piso e reivindicar a implantação da mesma. “Temos 30 níveis de professores, somente dos níveis 1 a 8 estão recebendo o salário de R$ 950,00”, critica a presidente da Apeoc.