1º de Maio será unificado em Belo Horizonte

A manifestação em homenagem ao Dias dos Trabalhadores será realizado no dia 30 de abril, com um ato organizado pelas principais entidades sindicais e populares.  A concentração ocorrerá na Praça da Rodoviária, a partir das 14 horas. Estarão presen

O eixo de luta, acordado em uma reunião, nesta quinta-feira (24), entre as lideranças das centrais sindicais, será: Redução da jornada de trabalho sem redução de salário;  Reforma urbana e agrária; Defesa do emprego e renda; Valorização dos serviços e servidores públicos. A coordenação formada pelas centrais sindicais e movimentos sociais esteve reunida no Sindicato dos Comerciários de Belo Horizonte para sistematizar a organização e operacionalidade da manifestação do 1º de Maio.


 


Algumas cidades do interior de Minas Gerais trarão à capital delegações de trabalhadores e sindicatos para participar deste ato de unidade, que promete inaugurar uma nova fase nas lutas da classe trabalhadora, “como não visto desde a época de Célio de Castro à frente da Prefeitura de Belo Horizonte” como recordou Paulo Henrique, secretário de comunicação da CUT.


 


Propaganda


 


Durante o ato os partidos políticos e centrais sindicais envolvidos no processo de construção do ato poderão se dirigir democraticamente aos trabalhadores e estudantes no palanque. A comissão de comunicação prometeu a viabilização de publicidade de 30 segundos na televisão aberta e comunitária, e também nas rádios, como a Rádio Favela, a partir de terça-feira (28). Além disso, será propagado no jornal-tablóide Super uma convocatória ao ato nos dois dias anteriores à manifestação.


 


O Presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, Gilson Reis, representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), lembrou que a construção deste primeiro de maio unificado vem sendo desenhada desde o 21 de abril, quando as centrais sindicais e movimentos populares foram à Ouro Preto protestar contra a política econômica neoliberal de Aécio Neves, além dos abusos que o Governo Estadual vem cometendo contra diversos trabalhadores, como no caso das perseguições políticas ocorridas contra os sindicalistas dos trabalhadores da COPASA e CEMIG.


 


No dia 21 de abril, lembra o sindicalista, na entrega da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, a Polícia Militar organizou um sistema de barreiras nas estradas, com 3 barreiras no percurso até à cidade histórica e mais três nesta. “Mesmo com todo o sufocamento do aparato militar, 21 ônibus de Belo Horizonte e 9 do interior estiveram presentes com manifestantes de diversas entidades para denunciar que ‘Com Aécio, Minas não respira liberdade’”, conta o líder da CTB.


 


Gilson também lembrou da responsabilidade das lideranças com o ato e da unidade obtida no processo de construção, o que normalmente “é uma fase difícil, que é a construção política do ato”, disse.


 


Juros


 


O ato de luta dos trabalhadores ainda contará com uma rádio que se chamará “Rádio Peão”, que iniciará suas transmissões no dia 27, às 14h, na Praça Sete, com músicas de um grupo da cidade vizinha Sabará, panfletagens no metrô e estações, e será antecedida por manifestações na porta do Banco Central do Brasil, contra a política monetária dada pelo COPOM, que irá se reunir no dia 29 de abril, um dia antes do ato, para decidir sobre a taxa básica de juros. Os organizadores lembraram ainda das mobilizações que estão ocorrendo em todo o mundo, na Grécia, França, Islândia, Inglaterra, Alemanha, entre outros países.


 


De Belo Horizonte,
Repórter Lucas Morais