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Estoque de crédito alcança recorde histórico, informa BC

Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), o estoque do crédito concedido pelo sistema financeiro avançou de 41,8%, em fevereiro, para 42,5% em março deste ano — novo recorde histórico.

Na contramão do observado em outras taxas de juros, tanto para empresas quanto para pessoas físicas, os juros cobrados pelos bancos em suas operações com o cheque especial de pessoas físicas subiram em março deste ano, revelam informações divulgadas pelo Banco Central.


 


No mês passado, os juros médios do cheque especial somaram 169,1% ao ano, contra 166,7% ao ano em fevereiro. Ou seja, um aumento de 2,4 pontos percentuais. Em fevereiro, tanto a taxa do cheque especial, quanto a de outras linhas de crédito para pessoa física, já haviam retornado ao nível pré-crise.


 


Mesmo com a subida em março, a taxa do cheque especial ainda continua abaixo da observada em setembro do ano passado (170,2% ao ano). As demais taxas cobradas pelos bancos (com exceção da conta garantida — para empresas) caíram em março, e por isso, seguem em patamares observados antes do agravamento da crise financeira, em setembro de 2008, com impactos de outubro em diante na economia.


 


O Banco Central informou que a taxa de inadimplência de todas as operações de empréstimos dos bancos com recursos livres (aquelas que não têm direcionamento específico) subiu de 4,8% em fevereiro deste ano para 5% em março. Segundo a série histórica do BC, é o maior valor desde novembro de 2006, quando estava em 5,1%.


 


Inadimplência


 


A subida da inadimplência acontece em meio à crise financeira internacional, que tem gerado demissões, ou suspensões de contratos de trabalho, no Brasil e no mundo. Com a atividade menos aquecida, a massa salarial cai e, também, diminui o consumo por parte da população. A crise financeira é considerada uma das mais sérias desde a grande depressão de 1929. O aumento da inadimplência em março deste ano foi puxada pelas operações das empresas.


 


No mês passado, a inadimplência dos empréstimos dos bancos às pessoas jurídicas avançou para 2,6%, a mais alta desde abril de 2007 (2,7%). Em fevereiro, a inadimplência das empresas estava em 2,3%. A inadimplência das pessoas físicas, por sua vez, passou de 8,4%, em fevereiro, para 8,3% em março deste ano. Mesmo com o recuo, ainda está acima do patamar verificado em todo ano passado, quando variou entre a mínima de 6,9% e a máxima de 8%.
 


Com agências