Mulheres querem opinar sobre combate à violência
A violência e segurança pública são assuntos que dizem respeito diretamente às mulheres, que sofrem influência delas em sua vida cotidiana. O assunto vai pautar as discussões que começam, nesta sexta-feira (24), no Rio de Janeiro, na primeira etapa da
Publicado 24/04/2009 16:37
A estratégia da SPM é discutir com diferentes grupos de mulheres em várias regiões do país, para elaborar um relatório para a Conferência Nacional de Segurança Pública, em agosto próximo. O evento vai prosseguir em outras seis cidades: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Belém (PA) e no município de Canoas (RS).
A ministra Nilcéa Freire, da SPM, que faz o lançamento da iniciativa “Mulheres – Diálogos sobre a Segurança Pública”, cuja primeira etapa será realizada neste fim de semana no Rio de Janeiro, destaca que o estudo, inédito no Brasil, identificará a visão feminina e suas propostas para a segurança pública.
A ministra apresentará as diretrizes, a metodologia e o programa de trabalho do estudo, assim como das ações da Secretaria contra a violência doméstica e a expectativa de correlacionar esta experiência com os programas oficiais de combate à violência pública no país.
De prostituta a socialite
A primeira etapa do estudo vai reunir 30 mulheres de diferentes classes sociais, que vão dar seus depoimentos e sugestões sobre violência urbana. No Rio de Janeiro, entre as mulheres que aceitaram participar do estudo, estão donas-de-casa, uma médica, uma ex-presidiária, uma prostituta, uma pescadora, uma professora e uma socialite.
Segundo a ministra Nilcéa Freire, sem a participação das mulheres não se constrói uma cultura de paz no país. “A Secretaria tem se dedicado ao enfrentamento da violência doméstica contra a mulher e acreditamos que existem pontos de interseção entre essa violência e a urbana. O importante nesse momento é trazer o olhar das mulheres, com suas especificidades, para essa questão”, diz.
Nilcéa Freire destaca dois aspectos do estudo: “o primeiro é a busca, através do diálogo, de uma visão de futuro, do que fazer para ser melhor, para construir um novo caminho. O outro ponto é a participação de mulheres de diferentes lugares, classes e ocupações, com atividades de integração, reflexão e troca de experiências, valorizando o papel da mulher enquanto agente de transformação social, independente de raça, etnia, idade, formação educacional, credo e classe social”.
O evento vai obedecer o seguinte calendário: 9 e 10 de maio, em Canoas (RS); 16 e 17 de maio, em São Paulo (SP); 23 e 24 de maio, em Belo Horizonte (MG); 26 e 27 de maio, em Salvador (BA); 30 e 31 de maio, em Recife (PE) e nos dias 6 e 7 de junho, será encerrado em Belém do Pará.
Com informações da SPM