Patrus Ananias: O PCdoB é um parceiro histórico
Patrus Ananias tem percorrido todos os cantos de Minas divulgando e defendendo as ações do ministério que comanda, do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Nesta sexta-feira (24) foi a vez da sede do PCdoB de Minas receber a “visita de cortesia” deste
Publicado 24/04/2009 19:27 | Editado 04/03/2020 16:51
A deputada Jô Moraes, presidente do PCdoB, inaugurou o encontro entregando uma foto de 1994 em que o então prefeito da capital caminhava de braços dados com o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que lançava na capital mineira a Campanha de Combate a Fome com uma passeata na avenida Afonso Pena, a principal da cidade.
O objetivo, segundo Jô, era mostrar estes dois momentos da vida brasileira e do ministro. “Os períodos em que Patrus lutava nas ruas pela erradicação da fome no país e hoje que executa esta missão a frente do ministério”, explicou a deputada, que lembrou das várias lutas que Patrus participou junto com os movimentos sociais de BH.
Contra o dualismo
Aproveitando seu “horário de almoço”, o ministro do combate a fome discorreu durante uma hora sobre as ações do seu ministério, que para ele transformou o investimento nos mais pobres uma política de Estado. Patrus combateu “os que estabelecem um dualismo entre trabalho e rede de proteção e promoção social”.
“Graças aos programas sociais do governo Lula foi criado no país um mercado interno popular”, por isso, segundo Patrus, o Brasil está melhor preparado para enfrentar as turbulências da “crise econômica que começou no coração do capitalismo. As ações sociais servem como medidas anticíclicas, neste período”
O ministro relatou uma reunião que fez no dia anterior com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Contou que os dois comungam com a idéia de que o enfrentamento da crise é uma questão essencialmente política e relatou iniciativas importantes que o governo Lula tem tomado para amenizar as consequências para os trabalhadores e mais pobres.
Patrus atacou duramente os críticos do governo Lula, principalmente os de partidos de oposição. Segundo ele, pelo andar da carruagem do governo anterior, a Petrobrás hoje estaria privatizada. “A lembrança que temos da Petrobrás naquele governo é aquela da plataforma que afundou, como se tivesse afundando ali a pátria brasileira. Eles queriam até mudar o nome para Petrobrax. Se não vencessemos as eleições de 2002 e 2006, teriam privatizado todos os bancos”.
Outra crítica que Patrus fez aos que chamou de “arautos do neoliberalismo”, foi quando recordou as opiniões dos teóricos de direita no fim da década de 80: “na crise nos modelos implementados de socialismo, eles foram logo dizendo que o socialismo morreu. Agora o que podemos afirmar que pelo menos este modelo de capitalismo fracassou”.
Eleições
Depois de muitas vezes instigado pelo batalhão de repórteres sobre a sua possível candidatura para governador em 2010, Patrus declarou que já é pública a sua opção de disponibilizar seu nome como pré-candidato do PT. “Quero para isso exercer uma interlocução com os nossos parceiros históricos, e entre eles está o Partido Comunista, o PCdoB. Defendo também uma discussão qualificada com outras forças políticas e sociais, como os movimentos sociais, sindicais, da cultura, da juventude”.
Outro parlamentar comunista presente, o deputado estadual Carlin Moura fez uma comparação do sucesso das políticas sociais do governo Lula com as medidas do governo Aécio e defendeu que Minas Gerais está carente de políticas sociais e de um projeto de desenvolvimento regional. “O que precisamos em Minas é implementar o que o Brasil tem de melhor, aplicando verdadeiramente em Minas um choque de inclusão social.”
De Belo Horizonte,
Kerison Lopes