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Prisão ilegal no México ainda mantém 11 prisioneiros

Organizações internacionais de direitos humanos expressaram mais uma vez sua preocupação com detenção de camponeses e indígenas no estado de Chiapas. As detenções foram realizadas em duas operações policiais levadas a cabo na capital Tuxtla Gutiérrez e

A Anistia Internacional ressalta que os detidos têm acesso restrito a seus advogados e familiares. Tanto as famílias como as organizações locais de direitos humanos têm denunciado que os detidos têm sido submetidos a tortura e ameaças. A entidade recorda que o Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenção Arbitrária declarou em 2002 que o “arraigo” (a detenção preventiva utilizada por vários estados mexicanos) constitui uma forma de detenção arbitrária e cria um entorno que favorece o uso da coação.



De acordo com informações repassadas ao Secretariado Internacional da Organização Mundial Contra a Tortura (OMCT), os familiares dos detidos só receberam informações sobre o paradeiro deles mais de 36 horas depois da detenção. As informações apontam que o detido Sr. Eric Bautista Gómez denunciou que durante o período sem comunicação foram obrigados a declarar sem a presença de um defensor e que foram mantidos sob tortura psicológica.



Além disso, o Secretariado Internacional da OMCT também tem recebido denúncias sobre a perseguição de que são vítimas alguns prisioneiros membros do MOCRI-CNPA-MN nos centros penitenciários de El Amate, em Cintalapa, em San Cristóbal de las Casas e em Comitán, assim como seus familiares, com o fim de impor o silêncio ante as violações de direitos humanos existentes nas prisões mexicanas.



Histórico das detenções



No dia 7 de abril, cinco homens foram detidos em Tuxtla Gutiérrez, após organizar um protesto em frente à prisão local em que se encontram reclusos seus familiares. Depois da detenção, permaneceram reclusos em regime sem comunicação durante dois dias e foram levados a um hotel em desuso no município de Chiapa de Corso, chamado “Quinta Pitiquito”, que a Procuradoria Geral de Chiapas utiliza como centro de detenção.



No dia 14 de abril, seis homens da comunidade indígena tzetal de San Sebastián Bachajón, município de Chilón, foram detidos enquanto faziam compras na localidade Ocosingo. Pertencem a uma comunidade indígena considerada simpatizante do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Estes seis homens foram conduzidos também a “Quinta Pitiquito”.