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Desemprego na OCDE subiu para 7,6; desaceleração da economia é profunda 

A taxa de desemprego oficial nos 30 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi de 7,6 por cento em março, o que representou um acréscimo de 0,3 por cento face ao valor de fevereiro e pôs o valor do desemprego nestas

O desemprego está em alta na OCDE, que reúne os países com “economias de mercado”, pelo menos desde o primeiro trimestre do ano passado, quando era de 5,3 por cento, revelando agora um aumento homólogo de 37,7 por cento. A tendência de subida é comum a todas as grandes regiões e países da OCDE em que há dados (exceto na Áustria, onde a taxa se manteve inalterada face a fevereiro), tendo sido de 8,9 por cento na zona euro, de 8,3 por cento na UE, de 8,9 por cento nos EUA (dados já de abril) e de 4,8 por cento para o Japão.


 


Na Austrália foi de 5,7 por cento e no Canadá de oito por cento (dados de abril). O desemprego em Portugal em março, de 8,5 por cento, situava-se entre os valores médios da UE e da zona euro. O valor para o primeiro trimestre de 2009 foi de 8,4 por cento, quando um ano antes fora de 7,7 por cento. A Espanha tem uma taxa recorde na região, de 17,4 por cento, e foi também o país com a maior subida, de 7,9 pontos percentuais. O desemprego oficial em Espanha pouco menos que duplicou entre março de 2008 e março de 2009 — subiu 83,2 por cento.


 


Desaceleração profunda


 


Os outros países em que mais subiu em termos homólogos foram a Irlanda (+5,4 pontos percentuais, para 10,6 por cento) e os EUA (3,5 pontos percentuais, para 8,5 por cento). O conceito de desemprego utilizado pela OCDE para calcular as suas taxas harmonizadas para todos os países é o das orientações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que considera como desempregada uma pessoa sem trabalho, em idade ativa e que no período em referência tenha desenvolvido diligências para encontrar trabalho.


 


Os indicadores da OCDE continuam indicando uma desaceleração profunda da economia, apesar do ritmo de queda ter diminuído em abril. Em países como a França ou o Reino Unido, o ciclo de crescimento continua desacelerando, mas agora a um ritmo mais lento. Os sinais de melhoria, embora tênues, surgem em países como França, Itália e Reino Unido, que revelam agora pausas menores em vários setores de atividade.


 


Brasil e Rússia


 


As perspectivas de crescimento não são muito diferentes nas grandes economias fora da zona da OCDE com exceção da China, que mostra sinais de uma pausa na desaceleração. No conjunto dos 29 países que compõem a OCDE, o índice que agrupa os 224 indicadores analisados mostram uma diminuição de 0,1 ponto em março, mesmo assim 9,5 pontos abaixo do nível observado em igual período do ano passado.


 


Já na zona do euro subiu 0,2 pontos, ajudado pelos aumentos registrados na França e Itália, mas está perto dos oito pontos percentuais abaixo do nível observado há um ano — nquanto que, nos EUA ,caiu 0,6 e no Reino Unido aumentou em 0,3 pontos sem recuperar o nível verificado há um ano. A China apresenta um aumento de quase um ponto nos indicadores compostos. O Brasil registra a maior queda mensal, quase dois pontos, mas é a Rússia que se destaca pela negativa por acumular a descida maior em relação ao nível registrado em igual período de 2008.


 


Com agências