Fidel repete que Cuba não deseja voltar à OEA
O ex-presidente cubano Fidel Castro reiterou, nesta segunda-feira (11), que seu país, presidido atualmente por seu irmão Raúl, não deseja voltar à Organização dos Estados Americanos (OEA), que excluiu a ilha em 1962.
Publicado 11/05/2009 14:36
“Cuba respeita os critérios dos governos dos países irmãos da América Latina e do Caribe que pensam de outra forma, mas não deseja fazer parte dessa instituição”, diz o líder cubano, em um novo artigo de sua série Reflexões, publicado por veículos de imprensa oficiais.
Fidel Castro também analisa que as boas intenções do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, podem não servir para mudar a política de Washington.”Os governos podem mudar, mas os instrumentos com que nos transformaram em colônia continuam sendo iguais”, afirma o ex-governante cubano.
“Após um presidente com sentido ético nos Estados Unidos (Jimmy Carter), tivemos durante os 28 anos seguintes três que cometeram genocídios e um quarto que internacionalizou o bloqueio” que Washington aplica contra Cuba, diz Fidel, acrescentando que “a OEA foi instrumento desses crimes”.
Em outro artigo publicado no sábado, Fidel condenou o relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA sobre Cuba, qualificando-o como “puro lixo” e chamando a instituição de “vergonhosa” e “podre”.
O relatório ressalta que Cuba “continuou transgredindo” os direitos humanos ao manter as “restrições” aos direitos políticos e civis da população e que é o “único” país da região sem liberdade de expressão.
O relatório da CIDH sobre a Venezuela “era mais ou menos o mesmo lixo”, destacou ainda Fidel, solidarizando-se com o presidente Hugo Chávez, que também condenou o documento.
“Hoje a Venezuela não está sozinha, e conta com a experiência 200 anos de excepcional história patriótica. É uma luta que apenas começa em nosso hemisfério”, analisou o ex-presidente, entre elogios a Chávez.
Com agências