Sarney: estrutura do Senado diminuirá 30% em 60 dias
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), apresentou nesta terça-feira (12) a proposta preliminar de reestruturação administrativa, encomendada à Fundação Getúlio Vargas (FGV) para reduzir custos, cortar cargos e melhorar a eficácia da Casa. Sarney a
Publicado 12/05/2009 22:35
“Dentro de pouco tempo, o Senado terá uma estrutura cerca de 40% menor que a atual. Desse modo, estará aparelhado para o exercício das funções que a democracia exige. Esta é uma proposta preliminar, que inclui o planejamento estratégico, o mapeamento dos processos organizacionais, um plano diretor de tecnologia da informação, auditoria da folha de pagamento e, sobretudo um plano de cargos e carreiras em que o progresso profissional esteja vinculado à capacitação, competência e desempenho”, disse Sarney.
A reestruturação anunciadareduz os diretores do Senado para apenas sete e transforma a atual Diretoria-Geral, hoje um órgão central de coordenação e execução, em Diretoria-Geral de Administração. A FGV constatou que, dos 110 cargos identificados com denominação de diretor (e não 181, como chegou a ser noticiado na imprensa), apenas 41 efetivamente representam funções de direção, os quais foram reduzidos a sete.
No propósito de eliminar paralelismos e sobreposições de cargos, a FGV sugere cortar, por fusão e rebaixamento, secretarias e subsecretarias em todas as áreas do Senado. O projeto suprime inúmeras unidades como gabinetes de diretores, adjuntos, assessorias, apoio técnico e apoio administrativo. Outra novidade é que a classificação dos cargos de provimento em comissão e das funções comissionadas será compatibilizada com a nova estrutura organizacional, envolvendo extinções de funções comissionadas vinculadas a cargos de provimento efetivo.
Na opinião de Sarney, a proposta apresentada atende aos reclames da sociedade que, na sua avaliação, deseja e espera do Senado uma estrutura organizada e aparelhada de forma a servir com dignidade e austeridade, sem excessos nem desperdícios. Em sua exposição, ele explicou que não alimenta vaidades nessa iniciativa.
“Não sou daqueles que gosta de soltar fogos de artifício nem usufruir de providências como essa para promoção pessoal, mas apenas com o desejo de bem servir a função que me foi entregue. Sei que não é fácil, mas iremos perseguir esse objetivo com determinação, como tenho procurado sempre fazer. Não iremos fazer disso um espetáculo, mas é uma reforma de profundidade, que exige muita coragem, determinação e persistência”, comentou.
Sarney anunciou que, durante 30 dias, o estudo da FGV será submetido pela internet a senadores, funcionários e grupos organizados, para que analisem e apresentem sugestões, as quais serão devidamente estudadas. Depois, serão dados mais 30 dias para que essas idéias sejam absorvidas e então o trabalho de execução será iniciado.
“Essa vai ser a orientação que vamos tomar, com absoluta transparência e liberdade, para que ninguém na Casa possa dizer que não teve oportunidade de participação”, disse ainda Sarney.
Com informações da AgIencia Senado