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Amir Khair diz que política contracíclica exige menos superávit primário

O economista Amir Khair, especialista em finanças públicas e ex-secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo, calcula que, para conduzir uma política contracíclica de estímulo ao desenvolvimento do país, o governo poderá reduzir meio ponto percent

“O estímulo à atividade econômica poderá fortalecer a própria arrecadação pública, que acompanha a evolução do PIB, podendo superá-la com o crescimento da massa salarial, lucro das empresas e redução da inadimplência”, comenta o economista. De acordo com Khair, os dois principais indicadores dos resultados das contas públicas são o resultado nominal (inclui o pagamento de juros) e a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB (DLSP).


 


“Mesmo com diminuição de meio ponto percentual do PIB no resultado primário a cada ano e queda lenta da taxa Selic, em todos os cenários ocorre uma redução da relação Dívida/PIB, a não ser se houver recessão com estagnação até 2012”, ressalva, ponderando que, ainda assim, a relação passaria dos atuais 36% do PIB para 37,2% no fim de 2012. Para ele, esse é um nível “bastante satisfatório em termos históricos e na comparação internacional”, observando que nos países desenvolvidos está próximo de 70% do PIB.


 


Com relação ao resultado nominal, ele admite uma ligeira piora, em todos os cenários, sendo o mais desfavorável a evolução do déficit de 1,6% do PIB para 2,3%. “Que, no entanto, é um nível relativamente baixo em relação ao passado, inferior ao dos países desenvolvidos e ao estabelecido pelo Tratado de Maastricht de 3% para os países da União Européia”, arremata.


 


A informação é do Monitor Mercantil