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Bolsa Família: nota do MST responde a polêmica da 'Folha'

Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, em reportagem publicada no domingo (17), o número de famílias que ocuparam terras no Brasil caiu de 65.552, em 2003, para 44.364, em 2006 -queda de 32,3%. A Folha noticiou que o Programa Bol

A nota do MST defende que todas as políticas públicas contribuem para resolver os problemas emergenciais das famílias de trabalhadores pobres do campo e da cidade, como a cesta básica e o programa Bolsa Família. No entanto, consideram insuficientes essas políticas assistencialistas, que são limitadas e não resolvem os problemas estruturais da sociedade brasileira, como a terra, educação, saúde e habitação.


 


Segundo o movimento, ''o assentamento imediato de todos os acampados e a atualização dos índices de produtividade como medidas emergenciais para resolver os problemas das famílias que vivem na beira de estradas em todo o país é fundamental'', além disso, são contrários às políticas do governo para ajudar os bancos e grandes empresas diante da crise econômica mundial, que vai piorar as condições de vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.


 


Para o MST, a solução para os trabalhadores rurais é a realização de uma Reforma Agrária Popular e um programa de agroindústrias em todas as cooperativas de assentamentos, para garantir a produção de alimentos para toda a população e a geração de renda para as famílias assentadas.


 


Um Brasil melhor


 


Segundo o diretor de movimentos sociais da UNE, Juliano Medeiros, ''O caráter assistencialista do Bolsa-Família, como qualquer política deste tipo, tem como um dos efeitos uma certa acomodação dos indivíduos e uma menor disposição para se mobilizarem. Isso, porém, não significa que a luta por reforma agrária ou o papel que o MST cumpre perderam sua atualidade histórica''.


 


Para o Professor Lejeune Mirhan, Presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, ''O bolsa família não é o responsável pelo esvaziamento do Movimento Sem Terra, é apenas uma forma de minimizar a desigualdade social do país, até porque os beneficiados são os assentados e não os acampados, o que é natural após o assentamento a família dedicar-se apenas a sua terra e não mais ao movimento''.