Aécio se mexe para lembrar que é candidato, diz analista
O tucano e governador de Minas, Aécio Neves, tem cumprido uma rotina de encontros com líderes de diversos partidos, como o DEM e o PMDB, nos últimos dias, com um objetivo claro: passar o recado de que a sua candidatura para 2010 não está rifada. A anál
Publicado 25/05/2009 19:16
“A movimentação do Aécio reflete muito mais a necessidade dele de se manter à tona, como uma alternativa viável no PSDB. Ele deu declarações enfáticas dizendo que não tem acordo nenhum, que a candidatura dele está colocada, está se movimentando nesse sentido”, disse. Na semana passada, Aécio disse que não havia hipótese de ele participar de uma chapa puramente tucana e classificou a notícia como “invencionice” e uma “grande piada”.
Em uma das paradas na semana passada, Aécio se encontrou com o senador Pedro Simon(PMDB- RS), que defendeu que, caso o governador decidisse trocar o PSDB pelo PMDB, ele seria o candidato do presidente Lula. Ranulfo discorda da declaração do senador e considera “arriscado” uma eventual troca para o PMDB, “uma federação de interesses”.
“Tudo é possível, mas acho extremamente arriscado qualquer pessoa que acredite no PMDB, qualquer estratégia que passe por entrar no PMDB, confiar e ter garantias no que ocorre num partido como o PMDB. PMDB é federação de interesses, ninguém banca nada ali dentro, qualquer acordo pode ser superado no dia seguinte. Acho também que seria pouco provável que Aécio poderia vir a ser um candidato de Lula, porque precisa levar em conta que tem o PT no meio”.
Segundo o cientista, Aécio no PMDB significaria um quadro com três candidaturas: “Aécio e Serra se digladiariam e com o do PT, seja a Dilma, seja quem for. Quadro complicado, essa movimentação seria arriscada”, finaliza.
Serra nega acordo com Aécio sobre 2010
No sábado, o governador José Serra negou que tenha feito acordo com o colega Aécio Neves, para que o mineiro seja seu vice na disputa pela Presidência em 2010. “Não houve nada, nunca conversamos sobre esse assunto”, afirmou Serra ao deixara Casa Rosada (sede do governo argentino), em Buenos Aires, onde se reuniu por uma hora e meia com a presidente Cristina Kirchner.
O tucano voltou a criticar a antecipação do calendário eleitoral. Disse estar “concentrado” em sua gestão e que a antecipação “não ajuda” a enfrentar a crise econômica. “Minha vontade política agora é governar bem São Paulo. No ano que vem nós vemos”, argumentou Serra. Apesar do discurso, o governador paulista fez aprovar esse ano uma lei na Assembleia que permite fazer propaganda de estatais paulistas em mídia nacional, como forma de divulgar o seu governo em todo o país. Por conta desta lei, a Sabesp, por exemplo, tem aparecido em campanhas nacionais de TV.
Com informações do estadao.com.br