Após 12 dias de greve, metalúrgicos de Angra conquistam importante vitória
Os metalúrgicos do Estaleiro Brasfels, de Angra dos Reis, terminaram esta manhã (25) a vitoriosa paralisação que teve início dia 13 de maio. A categoria conseguiu um reajuste salarial de 8%, ticket alimentação no valor de R$ 160,00 e a PLR no valor de 1.2
Publicado 25/05/2009 21:45 | Editado 04/03/2020 17:04
Além disso, também ficou acordado a revisão do Plano de Cargos e Salários com a implantação prevista para até o dia 15 de setembro, com retroatividade a 1º de agosto de 2009. Na compensação dos dias parados ficou acertado que apenas quatro dias serão descontados em folha, sendo que apenas no último dia dos meses com 31 dias.
“Essa foi uma vitória de toda categoria. Saímos vencedores porque conseguimos a unanimidade de todos os trabalhadores. Quando trabalhamos em conjunto com todos os segmentos, legislativo, executivo, federação e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e, principalmente, com todos os trabalhadores, torna-se possível atingir os nossos objetivos, disse emocionado Paulo Ignácio, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra, Paraty, Mangaratiba e Rio Claro.
“Os cerca de 8 mil companheiros e companheiras apostaram no comando da mobilização, a cargo do Sindicato, e isso foi fundamental para quebrarmos as intransigências da empresa. Esperamos que a empresa não ouse mais duvidar dos metalúrgicos”, afirmou o dirigente.
O acordo foi conquistado após doze dias de greve que tiveram ampla participação. “A paralisação foi aprovada por 80% da categoria. E 100% votaram a favor do acordo e pelo fim da greve. Isso mostra a capacidade de mobilização dos trabalhadores”, avalia Paulo Inácio.
Os metalúrgicos reivindicavam 10% de reajuste salarial, participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de R$ 1.526,00, aumento no ticket alimentação de R$ 148,00 para R$ 180,00 e a implantação do Plano de Cargos e Salários.
Inicialmente, a empresa propôs 7% de reajuste salarial, ticket refeição no valor de R$ 158,00, aplicação do Plano de Cargos e Salários a partir de 1º de agosto, e apresentou 108 exigências para pagar a PLR, que na prática inviabilizavam o pagamento. Depois de uma semana sem diálogo e sob a pressão dos trabalhadores, a empresa cedeu.